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segunda-feira, 28 de março de 2022

Ciro Gomes critica adversários e diz como baixaria preços dos combustíveis

 


Em entrevista ao Jornal da Tropical desta segunda-feira (28), o presidenciável Ciro Gomes (PDT) teceu críticas aos seus possíveis principais concorrentes no pleito de 2022 e afirmou ainda o que poderia fazer para reduzir os preços dos combustíveis, caso assumisse a Presidência da República, no próximo ano.

De acordo com pedetista, as primeiras intervenções para controlar os preços seriam diretamente na Petrobras. Em sua estratégia, ele aproveitou para criticar as medidas feitas pelo governo bolsonaro, que, segundo ele, impulsionaram os valores. Atualmente, em Natal, por exemplo, o litro da gasolina comum já passa de R$ 8 em alguns postos.

"É muito mais simples do que supõe a propaganda bolsonarista que tenta mentir para o povo. No primeiro dia de um possível governo meu, os jornais publicarão dois editais. Um revoga a PPI [Preço de Paridade de Importação], que é responsável por essa explosão de preços, porque o Bolsonaro faz como se o Brasil não produzisse o seu próprio petróleo. Nós gastamos US$ 10 para produzir um barril de petróleo e ele cobra um preço internacional. Então, isso acabaria no primeiro dia do meu governo", explica.

O roteiro de Gomes já prevê uma queda nas ações da estatal. Para isso, ele aponta uma solução. "Como isso vai provocar uma queda no valor das ações da Petrobras, eu anuncio no mesmo dia a intenção do governo brasileiro de comprar ações da Petrobras para que o Brasil possa ser, de novo, controlador de 60% do capital da Petrobras", pontua.

"Transformando a Petrobras numa grande companhia de energia, que vai transitar do combustível fóssil para uma empresa de energia, hidrogênio verde, eólica, solar, para ser a grande locomotiva do desenvolvimento do Brasil", completa.

Ao ser questionado pela apresentadora Margot Ferreira sobre uma possível ameaça à democracia, Ciro Gomes refutou a possibilidade de algum golpe. "Eu não creio, francamente. Bolsonaro não tem amor à democracia, e tudo que ele puder fazer, ele vai fazer para constranger a democracia. Mas a sociedade brasileira está muito viva, muito ativa e nossas instituições centrais estão funcionando de forma regular. Não há nenhum grupo social interessado em desistimular a normalidade democrátrica nem há ambiente internacional que reconhecesse um governo que fosse produzido pela vontade do povo brasileiro", avalia.

Em relação a Luís Inácio Lula da Silva (PT), o pré-candidato do PDT falou que o petista mente para o povo brasileiro e que arquitetou o destino das eleições de 2018. "Lula estava proibido, por lei, de ser canditado, e mentiu para o povo dizendo que era candidato. Depois, escolheu para vice dele o Haddad, que tinha acabado de perder as eleições no primeiro turno em São Paulo", analisa.

"O Lula planejou o que está acontecendo no Brasil. Perder as eleições para que o povo esquecesse os escândalos de corrupção generalizada e a crise econômica mais grave da história do Brasil. Volto a dizer, é só o cidadão se lembrar quando começou o perrengue dele, com falta de emprego, sem poder trabalhar com carteira assinada. Tudo isso, o Bolsonaro está piorando, mas foi o Lula e o PT que produziram", afirma.

Para Gomes, o brasileiro está desacreditado na política nacional. Isso, segundo ele, seria a explicação para o baixo índice de jovens com 16 e 17 anos com o título de eleitor regularizado. "Política virou pardieiro de pilantra no imaginário do nosso povo. Entra governo, sai governo e a população não vê diferença, a não ser para pior. O jovem vê que o país não oferece nada. Isso é um engano. Precisamos, pelo exemplo e não pela conversa fiada, pedir que o jovem não desista do Brasil", finaliza. Por Portal Tropical 


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