Procópio disse em entrevista ao repórter Paulo Júnior (Jornal Correio do Seridó) que vai dar continuidade ao processo que já está em curso.
"Eu sou o vice-presidente e o nosso
presidente Reginaldo, por razões pessoais, familiares, religiosas e
profissionais, está saindo de Caicó e estamos assumindo como colegiado",
afirmou Procópio, antes de ser empossado presidente do Conselho Municipal de
Saúde.
Segundo ele, o Conselho Municipal de Saúde age
de uma forma coletiva. "Ele tem uma causa que é o controle social da
política pública e precisa está dialogando com todas as forças que participam
deste colegiado. É um processo de diálogo de convergência e em alguns momentos
de divergências”, comentou Procópio.
Ele também ressaltou que a razão maior é a
preocupação central com a qualidade da saúde pública, como dever do Estado e
direito do cidadão. O Conselho de Saúde também está preocupado e focado com os
usuários da política pública. De acordo com Procópio, é preciso sempre dialogar
e conversar com a sociedade civil organizada e com a gestão pública, no sentido
de dar operacionalidade e dinamicidade ao processo dos direitos da política
pública e ao mesmo tempo, está preocupado com a posição do Conselho em relação
a sua autonomia.
“O Conselho vai dialogar, vai conversar com
todos os segmentos, mas tem que ter autonomia para poder fazer o seu trabalho
de controle social, propor, acompanhar, fiscalizar e se preciso denunciar,
cobrar que a política seja implementada de conformidade com o que determina o
SUS e ao mesmo tempo está dialogando com o Ministério Público”, enfatizou
Procópio.
Ele relata que é um dos grandes desastres da
saúde no Brasil, foi colocar ela como complementar pelo serviço privado.
“A corrupção exagerada do dinheiro público está
transformando a saúde em mercadoria. A saúde é um direito do ser humano e ela
precisa ser um dever do Estado. Nós entendemos que um dos grandes gargalhos da
saúde no Brasil, primeiro é essa questão da terceirização e da privatização da
saúde pública. A segunda discussão é a má gestão do dinheiro público (falta de
profissionalização no uso do dinheiro público) e a terceira questão séria da
saúde do Brasil é transformar a saúde numa visão hospitalar, numa visão
curativa. A saúde tem que ser preventiva e de promoção da vida. Ela tem que se
relacionar com a educação, com a dimensão social, ambiental e cultural. A gente
tem que fazer a saúde desvincular dessa lógica medicinal, curativa,
medicamental e hospitalar. Isso é que tem travado a saúde no Brasil”, revelou Procópio,
acrescentando que o Brasil deve ter uma política permanente de educação para a
saúde.
Por
Paulo Júnior
A máquina da notícia
Jornal Correio do Seridó
Nenhum comentário:
Postar um comentário