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terça-feira, 27 de setembro de 2011

Correios e trabalhadores não chegam a acordo; greve continua

A reunião para tentar encerrar a greve nos Correios terminou sem acordo na tarde desta terça-feira. O movimento completa duas semanas. Representantes dos funcionários grevistas e diretores da empresa vão realizar uma nova rodada de negociações na quarta-feira. 

Esse foi o primeiro encontro entre as partes desde o início da paralisação. Na ocasião, o presidente da empresa, Wagner Pinheiro de Oliveira, informou que retiraria a proposta e só aceitaria voltar a negociar após o fim da paralisação. 

A reunião começou por volta de meio-dia e durou pelo menos seis horas. A empresa havia informado que levaria para iniciar as discussões sua proposta inicial: reposição da inflação de 6,87%, reajuste linear de R$ 50 e um abono de R$ 800 (que não seria incorporado ao salário).
"A partir da proposta realizada pela empresa, diversos exercício financeiros foram realizados", informou a empresa em nota. 

Os trabalhadores afirmam que parte do impasse esteve ligado ao corto do ponto dos funcionários grevistas, que a empresa não teria aceitado voltar atrás. "E também não registraram as propostas em ata, então por enquanto não tem nada de concreto", disse José Rivaldo da Silva, secretário-geral da Fentect, federação que reúne os 35 sindicatos da categoria.

Editoria de Arte/Folhapress
ATRASOS
O presidente dos Correios, Wagner Pinheiro de Oliveira, afirmou na última segunda-feira (26) que serão necessários três dias de trabalho para colocar em dia as entregas atrasadas pela greve dos funcionários. 

A estimativa é que 95 milhões de objetos estejam com a entrega atrasada --o que corresponde a 35% do total acumulado. No último fim de semana foi realizado um mutirão para tentar amenizar os impactos do movimento. 

LIMINAR
O sindicato que representa a categoria na Paraíba obteve uma liminar na qual os Correios está proibido de cortar o ponto dos funcionários - o que já acontece na folha de pagamento deste mês. A empresa teria de fazer uma nova folha de pagamento, sob multa de R$ 300 mil. 

A categoria promete hoje entrar com ações parecidas em todo o país. "Nós vamos recorrer dessa liminar na Paraíba", disse o presidente da empresa. Ele também afirma que em outros locais, como no Rio Grande do Sul, a liminar foi negada.

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