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sexta-feira, 9 de março de 2012

Carnes, cerveja e passagens aéreas influenciam desaceleração da inflação

A inflação oficial desacelerou em fevereiro, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (9). O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,45%, abaixo da taxa de 0,56% do mês de janeiro.
No acumulado do ano, o índice ficou em 1,02%, abaixo da taxa de 1,64% relativa ao mesmo período de 2011. Considerando os últimos doze meses, o índice registra 5,84%, abaixo dos 6,22% em comparação com os doze meses anteriores. Em fevereiro de 2011 a taxa havia ficado em 0,80%.

A desaceleração dos preços dos alimentos e das bebidas (de 0,86% em janeiro para 0,19% em fevereiro) e dos transportes (de 0,69% para –0,33%) foram os principais responsáveis pela redução do IPCA.

Carnes, cerveja e passagens aéreas aparecem entre os destaques

As passagens aérea tiveram o maior impacto negativo do índice, passando de uma alta de 0,61% em janeiro para –8,84% em fevereiro.
O preço das carnes teve queda de 1,99% em fevereiro, item que ficou com o segundo maior impacto dentro do índice. Outros alimentos que tiveram quedas significativas foram: tomate (–16,96%), açúcar refinado (–3,67%) e macarrão (–2,80%).
Já a cerveja para consumo doméstico teve baixa de 0,21%.

Inflação menor

Os indicadores de preços vinham mostrando quedas nas últimas semanas e até deflação. Nesta sexta-feira, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) informou que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de São Paulo continuou caindo na primeira quadrissemana de março, embora com menor intensidade. O recuo foi de 0,02%, ante uma deflação de 0,07% na quarta quadrissemana de fevereiro, que equivale ao fechamento do mês.
Contudo, nesta sexta-feira, a primeira prévia de março do IGP-M mostrou mais força nos preços. O indicador subiu 0,23%, ante variação negativa de 0,10% em igual período de fevereiro.
O Banco Central tem reiterado que a inflação caminha para o centro da meta, de 4,5% ao ano pelo IPCA, o que favorece a queda da taxa básica de juros. 
Na última quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC acelerou o passo e reduziu a Selic em 0,75 ponto percentual, para 9,75% ao ano, no quinto corte consecutivo desde agosto. Com isso, analistas ouvidos pela Reuters passaram a prever outra redução de 0,75 ponto na reunião do Copom de 18 de abril.
O esforço do governo tem sido para estimular a economia que, apesar de mostrar alguns sinais recentes de recuperação, ainda patina, sobretudo a indústria. Segundo dados do IBGE, a produção industrial caiu 2,1% em janeiro ante dezembro, a maior redução mensal desde dezembro de 2008 -no auge da crise financeira global.
(Com informações da Reuters)

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