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quinta-feira, 8 de março de 2012

Ivonete Dantas diz que discriminação contra mulheres ainda existe

A trajetória de conquistas das mulheres no Brasil foi registrada em Plenário nesta quinta-feira (8) pela senadora Ivonete Dantas (PMDB-RN) como homenagem ao Dia Internacional das Mulheres, celebrado nesta data. A senadora ressaltou, no entanto, que apesar de todos os avanços, ainda há muita discriminação e preconceito contra a mulher no país. Ivonete pediu aos colegas deCongresso Nacional que agilizem a votação de propostas que combatem a discriminação e a desigualdade entre homens e mulheres.
- O grande desafio para as mulheres da nossa geração é tentar reverter esse quadro de desigualdades, bem como quebrar os velhos paradigmas formados durantes séculos, com as mulheres sendo discriminadas até os dias de hoje. Já está mais do que provado que as mulheres são perfeitamente capazes de cuidar de si, de conquistar o que desejam e de provocar mudanças profundas no curso da história, haja vista o panorama político e social a que as mulheres estão inseridas nos tempos atuais – defendeu a senadora.
Ivonete Dantas também rememorou as conquistas femininas desde os séculos passados como a primeira lei sobre educação das mulheres, em 1827, permitindo-lhes frequentar escolas elementares; a autorização para estudar em instituições de ensino superior dada em 1879, e a formatura da primeira médica do Brasil, Rita Lobato Velho, ocorreu 1887. A senadora lembrou ainda de Celina Guimarães Viana, a professora que se tornou a primeira mulher eleitora do Brasil e da América Latina, em 1928. No mesmo ano, também foi eleita a primeira prefeita da história do país, Alzira Soriano de Souza, que conquistou 60% dos votos e foi empossada prefeita de Lajes, no Rio Grande do Norte.
A primeira senadora do país, Eunice Michiles, eleita pelo Amazonas em 1979, e a primeira governadora, Roseana Sarney, eleita pelo Maranhão em 1994, também foram citadas por Ivonete Dantas. No âmbito da Justiça, a senadora destacou ainda Ellen Gracie, primeira mulher a ingressar no Supremo Tribunal Federal em 2000 e, em 2006, a primeira a presidi-lo. Esta semana, outra conquista: a primeira mulher eleita presidente do Tribunal Superior Eleitoral: Carmen Lúcia Antunes.
- Mesmo com todas essas conquistas, ao longo dos tempos, apesar de todos os avanços obtidos na luta em busca da igualdade entre os gêneros, algumas formas de discriminação ainda perduram: salários mais baixos, dificuldades em promoção na carreira, emprego informal e finalmente a violência física contra as mulheres. A luta é dura e contínua, e não podemos fraquejar – afirmou.
Agência Senado

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