Brasília - No momento em que a comunidade internacional critica a
expropriação da petrolífera espanhola YPF pelo governo argentino e a
desvalorização fictícia da moeda chinesa (yuan), a presidenta Dilma
Rousseff prometeu hoje (20) que o governo protegerá a indústria
nacional. Ela disse que "o Brasil fará de tudo" para assegurar os
"interesses" do setor.
"Esse país, que tem o pré-sal, que é uma
potência alimentar, não vai deixar sua indústria, que é razoavelmente
complexa, ser sucateada por nenhum processo de desvalorização de moedas
nem por guerras comerciais, que usam métodos considerados, eu diria
assim, não muito éticos", disse a presidenta, na solenidade em
comemoração ao Dia Nacional do Diplomata e de formatura de uma turma de
profissionais da carreira.
O discurso de Dilma ocorre no mesmo
dia em que há uma delegação da Argentina no Brasil, chefiada pelo
ministro do Planejamento designado interventor na petrolífera, Julio de
Vido. Vido tem reuniões com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão,
e a presidenta da Petrobras, Graça Foster.
A presidenta defendeu
ainda o fortalecimento do Brasil no cenário mundial a partir da sua
consolidação na América Latina. "Simultaneamente temos que ter uma
presença fortíssima na América Latina e uma presença que quer
transformar as fronteiras da América Latina e as responsabilidades do
Brasil em relação [à região]", disse ela.
Dilma lembrou que a
América Latina é exemplo de convivência harmônica e que o Brasil tem
disposição de mostrar "uma outra política de relacionamento
internacional é possível". "Uma política não imperialista, de não de
aproveitamento da força e da imposição de modelos. Temos de mostrar que
aqui na América Latina é possível uma relação econômica mais
equilibrada", ressaltou.
*Fonte: Agência Brasil
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