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terça-feira, 24 de abril de 2012

Mozarildo reivindica solução definitiva para falta de médicos no interior


Da Redação
O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) defendeu, nesta terça-feira (24), a discussão de uma solução definitiva para a baixa interiorização da saúde no país. Segundo ele, não bastam incentivos para que os médicos passem um tempo limitado nas regiões mais remotas, muitas vezes sem dispor da estrutura necessária ao atendimento da população.
– Temos de encontrar uma solução que seja definitiva, criar uma espécie de estatuto da saúde para o Brasil que não seja um plano só de governo, seja um plano de Estado. Depois da vida, não há bem maior que a pessoa possa ter que a saúde – disse Mozarildo, que é médico e pela manhã participou de audiência sobre o assunto na Comissão de Assuntos Sociais (CAS).
Segundo o senador, em 2008, a Organização Mundial de Saúde (OMS) constatou que 455 cidades no Brasil não tinham médicos. Essa realidade não tem melhorado com os anos, chegando a se agravar em algumas regiões, ressaltou. Para Mozarildo, o problema é antigo, já que, à época em que se formou já se discutia a falta de médicos no interior.
O senador também afirmou que a criação de cursos de medicina nessas regiões, por si só, não soluciona o problema, já que os médicos acabam indo fazer residência em locais com melhores condições de trabalho, ainda que os salários sejam mais baixos. Mesmo que houvesse facilidade de levar médicos para essas regiões, eles teriam, segundo o senador, dificuldade para trabalhar, devido à falta de outros profissionais de saúde.
– O médico vai para fazer o quê? Chega lá e não tem um hospital que preste, não tem um centro de saúde que preste, e o médico sequer às vezes tem condições de fazer uma consulta adequada.
Para o senador, o Ministério da Saúde deve reunir parlamentares, gestores federais, estaduais e municipais e profissionais da área para ouvir as propostas existentes e elaborar uma solução para o problema.
Agência Senado

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