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quarta-feira, 4 de julho de 2012

Conselho Municipal de Saúde tem novo Presidente em Caicó

O Engenheiro Agrônomo, José Procópio de Lucena (SEAPAC da Diocese de Caicó) é o novo Presidente do Conselho Municipal de Saúde. A posse ocorreu na tarde desta quarta-feira, no antigo prédio da Prefeitura Municipal de Caicó. 


Procópio disse em entrevista ao repórter Paulo Júnior (Jornal Correio do Seridó) que vai dar continuidade ao processo que já está em curso. 

"Eu sou o vice-presidente e o nosso presidente Reginaldo, por razões pessoais, familiares, religiosas e profissionais, está saindo de Caicó e estamos assumindo como colegiado", afirmou Procópio, antes de ser empossado presidente do Conselho Municipal de Saúde. 


Segundo ele, o Conselho Municipal de Saúde age de uma forma coletiva. "Ele tem uma causa que é o controle social da política pública e precisa está dialogando com todas as forças que participam deste colegiado. É um processo de diálogo de convergência e em alguns momentos de divergências”, comentou Procópio. 

Ele também ressaltou que a razão maior é a preocupação central com a qualidade da saúde pública, como dever do Estado e direito do cidadão. O Conselho de Saúde também está preocupado e focado com os usuários da política pública. De acordo com Procópio, é preciso sempre dialogar e conversar com a sociedade civil organizada e com a gestão pública, no sentido de dar operacionalidade e dinamicidade ao processo dos direitos da política pública e ao mesmo tempo, está preocupado com a posição do Conselho em relação a sua autonomia.

“O Conselho vai dialogar, vai conversar com todos os segmentos, mas tem que ter autonomia para poder fazer o seu trabalho de controle social, propor, acompanhar, fiscalizar e se preciso denunciar, cobrar que a política seja implementada de conformidade com o que determina o SUS e ao mesmo tempo está dialogando com o Ministério Público”, enfatizou Procópio.

Ele relata que é um dos grandes desastres da saúde no Brasil, foi colocar ela como complementar pelo serviço privado.

“A corrupção exagerada do dinheiro público está transformando a saúde em mercadoria. A saúde é um direito do ser humano e ela precisa ser um dever do Estado. Nós entendemos que um dos grandes gargalhos da saúde no Brasil, primeiro é essa questão da terceirização e da privatização da saúde pública. A segunda discussão é a má gestão do dinheiro público (falta de profissionalização no uso do dinheiro público) e a terceira questão séria da saúde do Brasil é transformar a saúde numa visão hospitalar, numa visão curativa. A saúde tem que ser preventiva e de promoção da vida. Ela tem que se relacionar com a educação, com a dimensão social, ambiental e cultural. A gente tem que fazer a saúde desvincular dessa lógica medicinal, curativa, medicamental e hospitalar. Isso é que tem travado a saúde no Brasil”, revelou Procópio, acrescentando que o Brasil deve ter uma política permanente de educação para a saúde.

Por Paulo Júnior 
A máquina da notícia 
Jornal Correio do Seridó 




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