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sexta-feira, 22 de janeiro de 2016
OMS alerta que El Niño ameaça 60 milhões em países em desenvolvimento
A Organização Mundial da Saúde alertou que o El Niño ameaça pelo menos 60 milhões de pessoas que vivem em países em desenvolvimento considerados de alto risco.
Em relatório divulgado esta sexta-feira em Genebra, a OMS e parceiros preveem um aumento das emergências de saúde neste ano em consequência do fenômeno climático.
Brasil
Segundo a agência da ONU, no primeiro trimestre de 2016, o Brasil vai registrar um aumento acima da média das chuvas, principalmente no sul do país.
O relatório cita que pelo menos 12 cidades brasileiras já ficaram inundadas por causa das enchentes e 8 mil pessoas foram retiradas dessas áreas. A OMS diz que a situação na região sul deve durar até maio e com isso pode haver um aumento nos casos de dengue, chikungunya, zika e malária.
A organização afirma que outras doenças também podem surgir por causa das enchentes, como por exemplo, diarreia, colera, tifo e infecções respiratórias.
Os especialistas alertaram também para casos de intoxicação alimentar como a salmonelose, causada pela bactéria salmonela.
A OMS informou que, em dezembro do ano passado, o governo brasileiro disponibilizou US$ 1,8 milhão, equivalente a R$ 7,4 milhões, em ajuda para as áreas atingidas pelas cheias.
Enchentes e Doenças
Além do Brasil, o El Niño está causando fortes chuvas em vários países da América do Sul. No Paraguai, por exemplo, mais de 100 mil pessoas foram retiradas de suas casas por causa das enchentes.
Peru, Equador e Bolívia também registraram uma alta no surgimento de doenças transmitidas por mosquitos.
Uma seca severa e falta d'água estão afetando quase 40 milhões de pessoas na África, América Central e região do Pacífico.
A agência da ONU afirmou que os países devem adotar medidas para prevenir ou reduzir os efeitos de saúde causados pelo El Niño, incluindo vigilância e controle de transmissão de doenças através de campanhas de vacinação.
Os governos e autoridades devem mobilizar as comunidades para que promovam práticas saudáveis de higiene, devem melhorar os serviços de água e saneamento básico, de cuidados médicos e devem manter livre acesso aos serviços de saúde.
Segundo a OMS, é necessário também que os países tenham uma coordenação eficaz das medidas de preparação e resposta.
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