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sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Seca grave no RN aumenta e atinge 52% de área; estado tem pior situação do Nordeste

 


Entre julho e agosto deste ano, o Rio Grande do Norte registrou um avanço da seca grave, passando de 38,39% para 52,66% o percentual de área com estiagem. Os dados são do  Monitor da Seca de agosto, divulgado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). 

De acordo com o relatório, o avanço da seca grave em agosto ocorreu principalmente nas regiões Nordeste e Oeste do estado potiguar, em razão das anomalias negativas de chuvas. Como destacou a ANA, “os impactos são de curto e longo prazo em todo o estado”.

Com o levantamento, foi possível constatar que o RN apresenta a pior condição entre os estados do Nordeste. Já no leste do Maranhão e oeste do Piauí, aconteceu o avanço da seca moderada, devido à piora nos indicadores do fenômeno. Por outro lado, devido às chuvas acima da média nos últimos meses, houve um recuo da seca moderada em parte do litoral baiano e da seca fraca no leste pernambucano.

O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes de até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. 

Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS. O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração. 

A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno  ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.

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