O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, desembarca em Moscou no início da próxima semana para encontrar o russo Vladimir Putin. Na sequência, se reúne com o primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán, em um giro de três dias numa região que vive tensão extrema: a estimativa é de que 130 mil soldados russos estejam perto da fronteira da Ucrânia, sinalizando risco de invasão iminente.
O historiador Felipe Loureiro explica como a intenção de Putin ao receber Bolsonaro é mostrar “que a Rússia não está isolada” na atual crise internacional.
Coordenador do curso de Relações Internacionais da USP e do Observatório da Democracia no Mundo, Loureiro avalia os significados do encontro de Bolsonaro com Putin e Orbán, dois líderes autoritários.
O professor lembra ainda como a Rússia é conhecida por interferir em eleições de outros países e alerta para o risco de a viagem servir como “laboratório” de métodos que possam causar disrupção nas eleições brasileiras deste ano.
Loureiro alerta ainda para o risco de Bolsonaro fazer aguar o esforço da diplomacia brasileira – que defende uma solução pacífica para o conflito entre russos e ucranianos. Segundo ele, uma eventual declaração desastrada de Bolsonaro pode prejudicar a relação do Brasil com os EUA e afetar até a entrada do país na OCDE.
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