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quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

Retrospectiva 2022: confira as principais notícias de março

 


Março foi um mês sangrento para a Europa. Logo no início do mês, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) declarou que não entraria com tropas no conflito entre Ucrânia e Rússia, colocando fim às esperanças dos ucranianos de apoio militar por parte da aliança.

No dia 3, negociadores russos e ucranianos concordaram em abrir um corredor humanitário para a saída de civis e a entrada de medicamentos e ajuda humanitária na Ucrânia. Naquele momento, seria possível o cessar-fogo, mas as tentativas fracassaram. As negociações persistiram até o dia 19.

Neste mês, a Rússia atacou a maior central nuclear da Europa, bombardeou um hospital infantil, atacou um laboratório em Chernobyl e uma metalúrgica na cidade de Mariupol. Março foi um mês marcado pela devastação da Ucrânia.

Resgate

No dia 1º um grupo de jogadores brasileiros que estava na Ucrânia conseguiu voltar para o Brasil. No dia 9, uma aeronave saiu da Polônia levando mais de 40 brasileiros para serem repatriados. No dia 26,um grupo de 47 ucranianos chegou ao país.

No meio desse caos, o deputado Arthur do Val, então pré-candidato ao governo de São Paulo, se envolveu em uma polêmica: ele enviou um áudio a amigos, elogiando a beleza das refugiadas. Em seguida, afirmou que pretendia voltar ao Leste Europeu e disse que as mulheres são “fáceis” por serem pobres. Seu partido, o Podemos, abriu procedimento disciplinar contra o político.

Novo Enem

No Brasil, um dos assuntos com destaque no mês de março foi a divulgação das novas regras para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), apresentadas em entrevista coletiva no dia 17. O novo Enem entra m vigor em 2024.

Segundo o MEC, as provas, atualmente compostas apenas pela redação e por perguntas objetivas de múltipla escolha, passarão a contar com outros formatos, como as chamadas questões abertas ou discursivas, nas quais o estudante escreve a resposta e não apenas seleciona uma opção. As mudanças no Enem buscam a adequação do exame ao novo ensino médio.

Saúde

Na área de saúde, a  Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou que, apesar da liberação do uso de máscaras por diversos estados e municípios, o equipamento de proteção pessoal continuaria obrigatório para a circulação nos aeroportos e embarque em aviões.

Ao tomar a decisão, a agência reguladora considerou o grande trânsito de pessoas de diferentes origens, nesses espaços, com diferentes perfis epidemiológicos, índices de transmissão e coberturas vacinais, tornando a máscara um item de segurança para todos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou, no dia 23, que as mortes relacionadas ao coronavírus diminuíram 23% na semana anterior, com 32.959 óbitos declarados, o número mais baixo desde março de 2020 - quando foi declarada a pandemia de covid-19.

Oscar

No Ritmo do Coração, filme comovente sobre uma família surda com uma filha ouvinte, ganhou o prêmio de melhor filme no Oscar, na noite do dia 27. Em cerimônia ofuscada pelo tapa em que o vencedor do prêmio de melhor ator, Will Smith, acertou no apresentador Chris Rock. O filme se tornou o primeiro de um serviço de streaming, a Apple TV+, a ganhar o maior prêmio da indústria cinematográfica.

Em um momento que inicialmente parecia uma das piadas que animam a transmissão do Oscar, Smith subiu ao palco e deu um tapa em Rock, depois que o apresentador fez uma piada sobre a esposa do ator, Jada Pinkett Smith.

Política

No dia 22, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, foi acusado em reportagem do jornal Folha de S.Paulo, de favorecer com recursos prefeituras de municípios ligados a dois pastores amigos do presidente Jair Bolsonaro.

Em nota, ele disse não haver nenhum tipo de favorecimento na distribuição de verbas da pasta. No dia 24, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia autorizou a abertura de inquérito para investigar o caso.

No dia 28, Milton Ribeiro pediu exoneração do cargo. 

No fim do mês, no dia 31, tomaram posse os novos ministros do governo do presidente Jair Bolsonaro, durante cerimônia no Palácio do Planalto, após publicação dos decretos com as exonerações a pedido no Diário Oficial da União. A saída abriu aos que deixaram as funções a possibilidade de se candidatarem a cargos públicos nas eleições de outubro.

 

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