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segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

Forças de segurança vão desmobilizar acampamento em frente ao quartel do Exército, garante governo do RN

 


O Governo do Rio Grande do Norte assegurou que vai cumprir a decisão do ministro Alexandre Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e retirar os acampamentos montados em áreas militares do estado. Em Natal, o grupo se concentra em frente ao 16 RI, na avenida Hermes da Fonseca, no bairro do Tirol, na zona Leste.

De acordo com o Executivo estadual, em reunião na manhã desta segunda-feira (09), as forças estaduais e federais vão desmobilizar os acampamentos em até 24 horas. A medida cumpre a decisão de Moraes proferida nesta madrugada, após os atos de terrorismo em Brasília, nesse domingo (08).

Durante o encontro, o secretário de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed), Coronel Francisco Araújo, explicou como será a ação em frente ao quartel em Natal.

"“Os policiais vão fazer a abordagem na frente do quartel, dizer que não podem ficar no local, explicar que existe a decisão judicial. Caso descumpram, serão detidos, inicialmente por desobediência”, detalhou, ao acrescentar que o Exército vai trabalhar em harmonia com o Estado. 

Para o procurador-geral do Estado, Luiz Antônio Marinho, o momento é extremamente grave e requer reestabelecimento da ordem: “A determinação do STF é para que governadores e polícias militares de todo o país cumpram a ordem de desocupar a frente dos quartéis sob pena de responsabilidade. Ontem mesmo afastou o governador do DF por causa dos atos terroristas”.

O governo do RN ainda enviou 30 agentes da Polícia Militar para compor o efetivo do Distrito Federal durante a intervenção federal. Outros 13 estados também se colocaram à disposição. Na reunião, a governadora Fátima Bezerra classificou os atos desse domingo como antidemocráticos, golpistas e terroristas.

Além de determinar a desocupação das portas dos quarteis em todo o país, o ministro Alexandre de Moraes afastou o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, do cargo por 90 dias. O secretário-chefe de Comunicação Social do governo federal, Paulo Pimenta, divulgou vídeos de como ficou o Palácio do Planalto após os ataques. Segundo ele, armas foram roubadas.

Nas redes sociais, o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que depredações e invasões fogem à regra da democracia. Ele ainda comparou os atos aos realizados em 2013 e 2017.

 

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