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sábado, 20 de janeiro de 2024

O Papa à Renovação Carismática: sejam construtores de comunhão


O Santo Padre recebeu, na manhã deste sábado, 20, na Sala do Consistório, no Vaticano, 85 membros do Conselho Nacional da Renovação no Espírito Santo.

Em seu discurso, ao dar as boas-vindas aos membros do Conselho e aos que estão unidos a este Movimento eclesial, o Papa recordou que, nos últimos anos, promoveu o CHARIS, Serviço Internacional para a Renovação Carismática Católica. E, ainda recentemente, no último mês de novembro, teve a oportunidade de encontrar os participantes no encontro organizado pelo CHARIS, aos quais encorajou a continuar no caminho de comunhão e a ponderar suas indicações.

Hoje, dirigindo-se, de modo particular, aos responsáveis do Movimento, a nível nacional, Francisco quis partilhar uma visão pastoral sobre a sua presença e serviço.

Serviço à oração

Antes de tudo, o Santo Padre agradeceu ao Senhor pelo bem que as comunidades da Renovação semeiam entre o povo santo e fiel de Deus. Ajudam também uma espiritualidade simples e alegre. A seguir, refletiu sobre dois aspectos particulares para a vida do movimento: “serviço à oração”, especialmente à adoração; e “serviço à evangelização”. A respeito do primeiro aspecto, disse:

“O movimento carismático, por sua natureza, dá espaço e destaque à oração, em particular, à oração de louvor, que é muito importante. Em um mundo, dominado pela cultura da posse e da eficiência, e em uma Igreja que, por vezes, se preocupa demais com a organização – estejam atentos a isso! -, devemos dar mais espaço à ação de graças, ao louvor e ao estupor diante da graça de Deus.”

Por isso, exortou os membros do Conselho Carismático para continuar a servir a Igreja, promovendo, de modo especial, a oração de adoração: uma adoração, na qual predomine o silêncio, em que a Palavra de Deus possa prevalecer sobre as nossas palavras; enfim, uma adoração em que o Senhor esteja realmente no centro e não nós.

Serviço à evangelização

Após este primeiro aspecto de serviço à “oração”, Francisco propôs o segundo: o serviço à “evangelização”, que faz parte do DNA do movimento carismático:

“O Espírito Santo, acolhido no coração e na vida, não pode deixar de abrir, mover, fazer sair; o Espírito sempre impele a comunicar o Evangelho, a sair, com a sua imaginação inesgotável. Cabe a nós ser dóceis e colaborar com Ele, sem jamais esquecer que o primeiro anúncio é feito com o nosso testemunho de vida! Do que adianta fazer longas orações e cantar lindas canções se não tivermos paciência com o próximo… A caridade concreta e o serviço no anonimato é sempre a prova do nosso anúncio.”

Logo, “oração e evangelização”, que fazem parte do carisma e da história do movimento. Mas, o Sucessor de Pedro também tem um carisma: o da “comunhão”, com o qual confirma seus membros: comunhão eficaz, sobretudo, “com os Bispos”. Assim, a comunidade renovadora mantém-se a serviço de toda a comunidade, diocesana e paroquial. Mas, também, recordou o Papa, a Comunhão “com outras realidades eclesiais, associações, movimentos, grupos”, mediante o testemunho de fraternidade, estima mútua na diversidade, colaboração no compromisso de iniciativas comuns, serviço ao povo de Deus e nas questões sociais.

Ser construtores de comunhão, em primeiro lugar, entre si

Enfim, o Santo Padre concluiu seu discurso aos membros do Conselho Nacional da Renovação no Espírito exortando-os a ser construtores de comunhão, antes de tudo entre si, no âmbito do movimento, mas também nas paróquias e dioceses.

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