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domingo, 4 de agosto de 2024

A política de aparências e a carência de propostas no Seridó


 

À medida que se aproxima o período eleitoral, o cenário político nos municípios do Seridó começa a ganhar forma com os primeiros nomes que se colocam como candidatos à prefeitura.

No entanto, ao invés de um debate robusto e propositivo sobre como melhorar a vida das pessoas, o que temos visto são candidatos priorizando a superficialidade das redes sociais, com dancinhas no TikTok e vídeos engraçados que parecem mais preocupados em conquistar curtidas do que em oferecer soluções reais para os problemas das cidades.

A popularidade nas redes sociais é inegavelmente uma ferramenta poderosa na política moderna. No entanto, quando usada como fim em si mesma, sem um conteúdo substancial que a acompanhe, transforma a disputa eleitoral em um espetáculo vazio, desprovido de discussões significativas.

A política, que deveria ser o espaço para o diálogo sobre as necessidades e aspirações da população, corre o risco de se reduzir a um palco de entretenimento.

Os municípios do Seridó enfrentam desafios que vão muito além das telas dos smartphones. A crise hídrica, a falta de infraestrutura, o desemprego, a saúde pública precária e a educação deficiente são apenas alguns dos problemas que exigem propostas concretas e ações efetivas.

É preocupante ver que, até o momento, muitos dos que se colocam como pré-candidatos à prefeitura preferem a comodidade das redes sociais à árdua tarefa de apresentar tópicos de plano de governo sério e viável que pretendem apresentar na campanha que se inicia.

A política precisa voltar a ser sobre pessoas, não sobre perfis. O eleitor do Seridó merece mais do que sorrisos ensaiados e coreografias.

Candidatos, é hora de sair das telas e pisar no chão das comunidades. É hora de trocar as dancinhas por debates sérios e construtivos. As pessoas não precisam de mais entretenimento; elas precisam de soluções. E o eleitorado, mais do que nunca, deve estar atento a quem realmente está disposto a trabalhar por elas e não apenas a se divertir às suas custas.

Artigo escrito pelo jornalista, radialista e blogueiro Marcos Dantas 

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