O senador Paulo Davim (PV-RN) pediu na tarde desta terça-feira (1º) que a diplomacia brasileira insista na criação de uma agência das Nações Unidas (ONU) voltada para o gerenciamento dos recursos hídricos do mundo. Em pronunciamento no Plenário, ele disse que o Brasil tem papel fundamental na preservação do meio ambiente e da água potável, uma vez que dispõe de grandes reservas desse recurso.
Lembrando que o Brasil participará do Fórum Mundial de Águas em Marselha (França), em março de 2012, e será sede da conferência Rio+20, em junho, Davim cobrou empenho para que a agência seja formalmente criada. Ele ressaltou que a ONU já tem um programa denominado UNWater, mas, segundo ele, a iniciativa não possui "envergadura" e estrutura administrativa própria.
- É urgente a criação de organismo formal e de estrutura administrativa para tratar as questões gerenciais hídricas de maneira multilateral e sem a subordinação temática que acontece nas agências da ONU. No âmbito das atribuições, estariam não só relatórios e estudos, mas medidas práticas, ações efetivas e incisivas no combate ao mau uso dos recursos hídricos e até reprimendas a isso - explicou.
O senador lembrou que falhas no gerenciamento dos recursos hídricos por mau uso, desperdício ou má distribuição levam bilhões de pessoas a não terem acesso adequado a água limpa para garantir sua subsistência.
De acordo Davim, mais de 300 milhões de africanos não dispõem de água potável e 70% das indústrias ainda despejam água não tratada em rios e nascentes limpos.
- Por dia, cerca de 2 bilhões de toneladas de lixo e dejetos são jogados em fontes hídricas. Desde 1900, mais da metade das áreas úmidas do planeta secaram. Somente de 1991 a 2000 quase 700 mil pessoas morreram em desastres naturais relacionados à água - relatou.
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