Durante a homenagem à maçonaria feita pelo Senado nesta sexta-feira (19), o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) lembrou que os maçons estiveram envolvidos na independência do país, na abolição da escravatura e na proclamação da república, mas afirmou que esses processos "ainda não foram completados" e que a maçonaria pode contribuir para que isso aconteça. Ele disse que o Brasil ainda não pode ser considerado um país plenamente republicano devido aos níveis de corrupção que apresenta.
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Da Redação / Agência Senado
- É uma tarefa da maçonaria ajudar o Brasil a se livrar da corrupção - reiterou.
Cristovam ressaltou que há duas formas de corrupção. Uma delas, "que a imprensa felizmente denuncia", é visível e envolve a corrupção do comportamento (como o dos políticos que desviam verbas governamentais para benefício próprio; é a apropriação privada de recursos públicos).
Mas há outra, "para a qual a mídia fecha os olhos", que envolve a corrupção de prioridades, a qual se revela "no uso eticamente equivocado do dinheiro público, quando o governo gasta, por exemplo, para viabilizar o transporte privado em vez de gastar mais com escolas, saúde e esgotos".
Segundo Cristovam, a corrupção de prioridades não é visível e o seu resultado "até nos orgulha, quando passamos por um viaduto e ignoramos as pessoas que moram embaixo dele, já que a prioridade, nesse caso, é dos carros".
- Nós precisamos da rede e da força que os maçons têm para limpar o país dessas duas formas de corrupção - declarou.
Além da questão da corrupção, o senador argumentou que é fundamental acabar com a desigualdade no acesso à educação e à saúde. Para Cristovam, uma república não precisa de igualdade plena, inclusive porque há desigualdades resultantes de vocações e esforços pessoais, "mas não pode conviver com imoralidades, como é o caso do acesso desigual à educação e à saúde".
- Aí está o caminho para completar a república: permitir que o filho do trabalhador estude em uma escola com a mesma qualidade da escola do filho do patrão - assinalou.
A homenagem realizada nesta sexta-feira - o Dia do Maçom é celebrado no dia 20 de agosto - foi solicitada pelo senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), que é maçom.
Entre os participantes da sessão estavam Marcos José da Silva, grão-mestre geral do Grande Oriente do Brasil; Vanderlei Freitas Valente, secretário geral da Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil; Rubens Ricardo Franz, primeiro secretário da Confederação Maçônica do Brasil; Lucas Francisco Galdeano, grão-mestre adjunto do Grande Oriente do Distrito Federal; e o deputado federal Izalci Lucas Ferreira (PR-DF).
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