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segunda-feira, 30 de abril de 2012

CPI do Cachoeira: STF enviará inquérito na quarta-feira


Teresa Cardoso
A CPI mista que investiga as relações do contraventor Carlos Cachoeira com agentes públicos e privados vai receber do Supremo Tribunal Federal, nesta quarta-feira (2), às 10h, os 40 volumes do inquérito aberto para investigar o esquema, em papel e em CD. A informação é do presidente da Comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), segundo o qual o inquérito totaliza 15 mil folhas de papel.
Vital disse que tomou conhecimento, na sexta-feira (27), do despacho em que o ministro Ricardo Lewandowski atendeu ao pedido da CPI para o compartilhamento das informações do inquérito. No despacho, o ministro mantém o caráter sigiloso do inquérito, o que obriga a CPI a observar as restrições de publicidade sobre os dados que estão sob segredo de justiça.
Também nesta quarta-feira, a CPI se reúne para traçar seu plano de trabalho. Uma das providências agendadas é uma visita, às 11h, do senador Vital do Rêgo e do relator da CPI, deputado Odair Cunha, ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Vital e Odair pedirão ao procurador que venha ao Senado, para atualizar os integrantes da CPI com informações sobre o inquérito conduzido pela Polícia Federal.
Conselho de Ética
Relator do processo de Cachoeira no STF, Ricardo Lewandowski também liberou o acesso dos documentos ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado que, desde o início do mês, examina representação do PSOL para verificar se o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), suspeito de envolvimento com os negócios de Cachoeira, quebrou o decoro parlamentar.
Nesta quinta-feira, às 9h30, o Conselho de Ética também se reúne para ouvir a leitura do relatório preliminar do senador Humberto Costa (PT-PE) sobre essa representação e para deliberar sobre o estudo desse inquérito liberado pelo STF .
Lewandowski ainda autorizou o compartilhamento das informações do inquérito com a Comissão de Sindicância aberta na Câmara dos Deputados para investigar o envolvimento dos deputados João Sandes Junior (PP-GO) e Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) com o esquema de Cachoeira.
Agência Senado

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