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segunda-feira, 11 de junho de 2012

José Agripino alerta para a fragilidade da economia brasileira


Da Redação
O senador José Agripino (DEM RN) alertou, nesta segunda-feira (11), para a fragilidade da economia brasileira que, ocupando a quinta colocação no ranking mundial, teve uma queda de posição somente com a variação do dólar.
- Só com a mudança do câmbio o Brasil despencou de quinta para sétima ou oitava economia do mundo, sem mudar nada aqui dentro. Ou seja, é uma situação absolutamente artificial – afirmou.
José Agripino explicou que a fragilidade da economia brasileira se deve ao fato de o país ter adotado um modelo de subsidiar as compras com crédito consignado, tornando-se um país caro. Para ele, o programa Bolsa-Família é insustentável, apesar de ter a vantagem de fornecer condições de compra às famílias carentes.
- É uma simples doação em que as pessoas não mantêm a capacidade daquela renda pelas suas próprias iniciativas. É uma coisa artificial como era o Brasil quinta economia e caiu pelo câmbio para sétima, oitava, nona, daqui a pouco vai ser a décima - explicou.
O senador apontou, ainda, a alta inadimplência em função do crescimento da oferta de crédito por parte do governo.
- Quanto mais você empresta sem aumento de renda mais as pessoas perdem a condição. Se continuam a comprar perdem a condição de pagar - disse.
José Agripino destacou ainda uma queda no fluxo de investimentos no Brasil, acrescentando que a crise espanhola deve ser um alerta para o país.
- Se o governo do Brasil adota posturas responsáveis, tem a obrigação de botar uma lupa no que está acontecendo na Espanha. Nessa crise, o remédio que o Banco Central, que os órgãos de controle da zona do Euro estão impondo à Irlanda, a Portugal, a Grécia e que vão impor à Espanha, para que os empréstimos aconteçam, é o cinto apertado. O cinto apertado significa disciplina de gastos públicos – ressaltou.
José Agripino disse que o Brasil arrecada muito, mas não gasta corretamente e apontou a necessidade de o país “apertar o cinto” pela qualificação do gasto público para conseguir dinheiro para investimentos.
- Não vejo nenhuma atitude firme com relação ao corte do gasto público. Quanto mais o Brasil for um país caro, perdulário, menos competitivo será e mais próximo estaremos do que está passando hoje a Espanha - alertou.
Agência Senado

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