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terça-feira, 3 de junho de 2014

Brasil une pegada à classe de Neymar e goleia em 1° amistoso pré-Copa

"Não podemos perder o que tínhamos como identidade. (...) O mesmo estilo, mesma pegada. Não pode mudar". Foi com essas palavras, na última entrevista antes do amistoso contra o Panamá, que Luiz Felipe Scolari descreveu  o que queria ver da seleção brasileira em seu primeiro amistoso pré-Copa. E ele foi atendido. Com marcação dura unida à classe de Neymar, o Brasil goleou em Goiânia: 4 a 0.
O jogo, então, serviu exatamente para o que Felipão desejava: provar para o comandante que sua seleção está evoluindo e que estará pronta para a estreia na Copa, contra a Croácia, em 12 de junho. E se os comandados de Scolari seguirem o ritmo desejado pelo treinador, o amistoso da próxima sexta, contra a Sérvia, será ainda melhor.
Claro, ajustes devem ser feitos: a pegada pedida por Felipão foi seguida, mas às vezes muito à risca, diferentemente do que o próprio técnico havia falado: ele não quer que suas palavras sejam levadas a ferro e fogo, e sim entendidas pelo momento. Para David Luiz, porém, 11 minutos bastaram para que fosse mostrado que o clima já é de Copa. Duas faltas duras, um cartão amarelo: "Quem vai mole é que se machuca", disse no intervalo.
Se a defesa ia nessa toada, o ataque foi no ritmo de Neymar. Arranque pelo meio de campo. Finta no zagueiro. Toque no tornozelo. Falta. Felipão cantou a bola segunda-feira: "Falta perto da área é do Neymar". Gol. Brasil 1 a 0 com 26 minutos de jogo.
Era o que o time precisava para se acalmar. Os erros de passe e bobeiras do começo do jogo - Oscar chegou a deixar uma bola simples sair pela lateral, livre - sumiram. A pressão começou. E a goleada surgiu.
Primeiro, com Daniel Alves. Aos 39 minutos do 1° tempo, ele recebeu na ponta direita da área e bateu meio de bico, meio de três dedos. O baixo goleiro panamenho McFarlane não alcançou a bola no canto.
Depois, velocidade: em 45 segundos da segunda etapa, Neymar já tocava de calcanhar para Hulk. Também de três dedos, fundo da rede. Neymar ainda participou do 4° gol, achando Maxwell por trás de três zagueiros. O lateral-esquerdo só rolou para Willian, que havia acabo de entrar, marcar o quarto, aos 27 min.
Gustavo Franceschini e Paulo Passos
Do UOL, em Goiânia

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