A nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala foi escolhida, por consenso, como nova diretora-geral da Organização Mundial do Comércio, OMC.
Quando ela assumir o cargo em 1º de março, Okonjo-Iweala será a primeira mulher, sendo também a primeira africana a ocupar o cargo. O mandato da nova chefe da organização terminará em 31 de agosto de 2025.
Processo
Em comunicado, o presidente do Conselho Geral da OMC, David Walker, disse que "este é um momento muito significativo” para a agência.
Em nome de todos os Estados-membros, Walker agradeceu “a gentileza e paciência” da nigeriana durante os nove meses do processo de seleção. Ele estendeu seus agradecimentos aos oito candidatos que participaram.
Walker disse ainda estar certo de que “todos os membros trabalharão construtivamente durante seu mandato para moldar o futuro desta organização."
Prioridades
Okonjo-Iweala disse que uma das suas principais prioridades seria lidar com as consequências econômicas e de saúde causadas pela pandemia de Covid-19.
Segundo ela, "uma OMC forte é vital para recuperar total e rapidamente da devastação causada pela pandemia.”
Okonjo-Iweala contou estar ansiosa para trabalhar com os Estados-membros para “moldar e implementar as respostas políticas necessárias para fazer a economia global funcionar novamente.”
Ela disse ainda que “a organização enfrenta muitos desafios, mas trabalhando em conjunto pode se tornar a OMC mais forte, mais ágil e mais bem adaptada às realidades de hoje."
Decisão
A decisão do Conselho Geral ocorreu após meses de incerteza que surgiram quando os Estados Unidos se recusaram a aderir ao consenso em torno de Okonjo-Iweala e apoiaram a ministra do Comércio da Coreia do Sul, Yoo Myung-hee.
Em 5 de fevereiro, no entanto, a sul-coreana retirou a candidatura e o governo do recém-eleito presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, estendeu seu "forte apoio" à candidatura de Okonjo-Iweala.
O processo de seleção teve três fases de consultas, com início em 7 de setembro, que reduziram o campo de candidatos de oito para cinco e depois para dois.
Em 28 de outubro, o presidente do Conselho Geral informou que, com base nas consultas a todas as delegações, Okonjo-Iweala era a candidata mais bem posicionada para obter o consenso dos 164 Estados-membros.
O processo de seleção começou em 14 de maio do ano passado, quando o ex-diretor-geral, Roberto Azevêdo, do Brasil, informou que renunciaria ao cargo um ano antes do término de seu mandato. Azevedo deixou o cargo em 31 de agosto.
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