Após os cinco primeiros tremores, sendo um de magnitude 3,5 que foi sentido por moradores de Natal e outros municípios potiguares, a terra tremeu pelo menos mais quatro vezes nesse domingo (25). Os dados foram divulgados pelo Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Labsis/UFRN).
Na primeira atualização depois dos primeiros eventos, o laboratório indicou a ocorrência de mais três abalos, que aconteceram ainda na madrugada (1h57 – magnitude de 2,7); outro pela manhã (11:50 – magnitude de 2,1) e o no início da tarde (12h49 – magnitude de 2,7).
Por fim, o Labsis ainda registrou mais um evento, de magnitude 2,2, às 15h07 desse domingo (25). Dessa vez, o tremor aconteceu em um ponto mais distante da costa potiguar. “Após oito tremores serem registrados na região apenas hoje [domingo], mais um evento foi registrado pelas estações sismográficas operadas pelo Laboratório Sismológico na Plataforma Continental”, relatou.
De acordo com o coordenador do Labsis, Aderson Nascimento, os eventos registrados no fim de semana são naturais. Ele explicou como os terremotos acontecem e são registrados no Rio Grande do Norte.
“Embora não estejamos no interior de uma placa tectônica, eventos como esse são comuns. Toda placa tectônica possui imperfeições, que são as falhas geológicas. E essas falhas costumam se romper devido à pressão tectônica”, contou.
“Essa pressão acumulada é liberada na forma de evento sísmico de vibração. Essa vibração vai desde o foco do terremoto até os nossos equipamentos e toda a superfície. E quando chega na superfície vibra também. E essa vibração é que é registrada nos nossos equipamentos e sentidas pelas pessoa”, acrescentou.
O professor finalizou: “Então, trata-se de um evento tectonico e um fenômeno natural. A gente não tem como prevê. Por isso o monitoramento é importantíssimo”. No mês de junho, sete tremores foram registrados no estado. O número foi superado em apenas um dia no mês de julho.
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