Em um jogo arrastado e de poucas emoções, o Santos fez uma exibição protocolar, entrou para buscar um ponto fora de casa, no Rio de Janeiro, e conseguiu cumprir o objetivo. O 0 a 0 deste sábado diante do atual campeão carioca serviu para dar um alívio no ambiente do clube, agravado pela derrota para o Banfield na estreia na Copa Sul-Americana, no meio de semana.
O técnico Fabián Bustos corre contra o tempo para tentar acertar um time que sofre com a falta de entrosamento e também vive sob a desconfiança da torcida em função dos resultados recentes ruins.
Em um calendário apertado, o próximo desafio acontece em casa. No próximo domingo, o compromisso é contra o Coritiba, na Vila Belmiro. Já o Fluminense deixa o Rio para enfrentar o Cuiabá fora de casa, no sábado.
No Maracanã, o Santos iniciou a partida disposto a se concentrar na defesa. Contando com o apoio de sua torcida, o Fluminense forçou o ritmo no início, até chegou a criar boas oportunidades, mas esbarrou na forte marcação dos paulistas e também na boa forma do goleiro João Paulo.
Na etapa inicial, o camisa 1 travou um duelo direto com o centroavante Germán Cano, principal arma ofensiva dos cariocas. Dos seis chutes que deu nos primeiros 45 minutos, pelo menos em três ocasiões o argentino levou perigo à meta santista.
Mas, a partir dos 25 minutos, o panorama começou a mudar. Se antes a transição em velocidade não acontecia, com o decorrer do jogo os espaços começaram a surgir para o Santos. E foi Vinícius Zanocelo quem mais se destacou.
Em duas escapadas pela direita, em uma ele rolou a bola para o interior da área com perigo (a zaga fez o corte) e em outra obrigou Fábio a difícil intervenção.
Mesmo com o domínio da partida e das ações ofensivas (deu 12 arremates contra três do rival paulista), o Fluminense acabou diminuindo o ritmo e teve de se contentar com o 0 a 0 ao fim do primeiro tempo.
Com Nonato no lugar de Yago Felipe, o Fluminense voltou mais ofensivo para a etapa final. Para aumentar o poder de ataque, o técnico Abel Braga colocou ainda o veloz Luiz Henrique no time.
Se o Santos já foi tímido nas tentativas de agredir o Fluminense na etapa inicial, no segundo tempo o time praticamente abdicou de buscar o gol adversário. Nem as entradas de Ângulo, Lucas Braga e Pirani tornaram a equipe de Fabián Bustos mais efetiva.
Com o jogo arrastado e sem criatividade ofensiva, as chances criadas passaram a ser de chutes de longe. Cano e Luiz Henrique assustaram o goleiro João Paulo em duas tentativas.
Uma velha solução caseira foi o último recurso de Abel Braga, que sacou Cano para a entrada de Fred. E a receita quase funcionou. Aos 40 minutos, em penetração pela direita, o veterano camisa nove acertou a trave de João Paulo.
Satisfeito com o empate fora de casa, o Santos se fechou e vez e teve que encarar a pressão desordenada dos mandantes.
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