Tropas ucranianas informaram hoje (9) que avançaram em intensos combates de rua na cidade de Sievierodonetsk, acrescentando que sua única esperança de virar o jogo é mais artilharia para compensar o enorme poder de fogo da Rússia.
No sul, o Ministério da Defesa da Ucrânia disse que capturou novos terrenos em um contra-ataque na província de Kherson, visando a maior faixa de território que a Rússia conquistou desde sua invasão em fevereiro.
A batalha em meio às ruínas de Sievierodonetsk, uma pequena cidade industrial, tornou-se uma das mais sangrentas da guerra, com a Rússia concentrando ali sua força de invasão. Ambos os lados afirmam ter infligido baixas em massa ao inimigo.
Sievierodonetsk e sua cidade gêmea Lysychansk, na margem oposta do Rio Siverskyi Donets, são as últimas partes da província de Luhansk sob controle ucraniano, que Moscou pretende tomar como um um dos principais objetivos de guerra.
Em rara atualização de Sievierodonetsk, o comandante do Batalhão da Guarda Nacional Svoboda, da Ucrânia, Petro Kusyk, disse que os ucranianos estão atraindo os russos para os combates de rua a fim de neutralizar a vantagem da artilharia russa.
"Ontem foi um sucesso para nós - lançamos uma contraofensiva e, em algumas áreas, conseguimos empurrá-los para trás um ou dois quarteirões. Em outros, eles nos empurraram, mas apenas por um prédio ou dois", disse Kusyk em entrevista na televisão.
"Ontem, os ocupantes sofreram sérias perdas - se todos os dias fossem como ontem, tudo isso acabaria em breve."
Para o comandante, as forças estão sofrendo com falta "catastrófica" de fogo de contrabateria para disparar contra as armas russas.
Obter essas armas transformaria o campo de batalha, permitindo que os ucranianos se defendessem da artilharia russa, afirmou.
"Mesmo sem esses sistemas, estamos aguentando bem. Há uma ordem para manter nossas posições e estamos mantendo. É inacreditável o que os cirurgiões estão fazendo sem o equipamento adequado para salvar a vida dos soldados."
O prefeito de Sievierodonetsk, Oleksandr Stryuk, disse que cerca de 10 mil civis ainda estavam presos dentro da cidade - cerca de um décimo de sua população antes da guerra.
Em discurso à noite, em vídeo, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, afirmou que o destino da região de Donbas estava sendo decidido em Sievierodonetsk, "uma batalha muito brutal, muito dura, talvez uma das mais difíceis ao longo desta guerra".
A oeste de Sievierodonetsk, a Rússia avança do norte e do sul, tentando prender as forças ucranianas na região de Donbas, que compreende Luhansk e a província vizinha de Donetsk, explodindo com artilharia cidades controladas pela Ucrânia.
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