Forças russas continuam atacando cidades em toda a Ucrânia, com intenso bombardeio em Sumy no Norte do país, bombas de fragmentação visando Mykolaiv e um ataque com mísseis em Odessa, no Sul, informaram autoridades nesta terça-feira (19).
Depois de não conseguir capturar a capital Kiev no início da invasão em 24 de fevereiro, a Rússia mudou a estratégia para uma campanha de bombardeios devastadores para ratificar e estender seu controle do Sul e Leste do país.
A Ucrânia diz que as forças russas intensificaram os ataques de longa distância contra alvos distantes do front, matando um grande número de civis. Moscou afirma que está atingindo alvos militares.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, disse que a Rússia disparou mais de 3 mil mísseis de cruzeiro e incontáveis projéteis de artilharia durante o conflito de cinco meses.
No fim de semana, Zelenskiy suspendeu o chefe de segurança e a principal promotora do país, dizendo que eles não conseguiram expurgar espiões russos de suas organizações.
Esta semana pode ser crucial para os países europeus preocupados com o impacto da guerra e das sanções sobre o fornecimento de gás.
A Rússia deve reabrir seu principal gasoduto de gás natural para a Alemanha, Nord Stream 1, nos próximos dias após manutenção regular, mas os europeus estão preocupados que Moscou possa mantê-lo fechado.
A russa Gazprom, que opera o gasoduto, disse a clientes na Europa que não pode garantir o fornecimento de gás por causa de circunstâncias "extraordinárias", de acordo com uma carta a que a Reuters teve acesso, aumentando a aposta em um confronto econômico com o Ocidente.
Bombardeio
Em Odessa, um ataque de míssil russo feriu pelo menos quatro pessoas e incendiou casas, disse Oleksii Matsulevych, porta-voz da administração regional, em seu canal no Telegram.
As forças russas atacaram Mykolaiv com bombas de fragmentação na segunda-feira (18), ferindo pelo menos duas pessoas e danificando janelas e telhados de casas particulares, disse o prefeito da cidade ucraniana, Oleksandr Senkevich, em uma publicação nas redes sociais.
Mais de 150 minas e bombas foram disparadas contra a região de Sumy, afirmou Dmytro Zhyvytskyi, chefe da administração militar regional de Sumy, no Telegram.
"Eles dispararam morteiros e artilharia de foguetes. Os russos também abriram fogo usando metralhadoras e lançadores de granadas", disse ele.
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