Guterres falou a jornalistas, na cidade de Lviv, acompanhado do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e do presidente da Turquia Recep Tayyip Erdogan. Segundo ele, os três líderes debateram os esforços para alcançar a paz.
Acordão de grãos, vitória do multilateralismo
O secretário-geral saudou a cooperação e a vitória do multilateralismo que possibilitou um acordo para a saída de grãos dos portos da Ucrânia. Mas para ele, o centro do problema é a guerra que continua.
Guterres voltou a dizer que a invasão da Rússia é uma violação da integridade territorial da Ucrânia e que viola a Carta da ONU.
O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, está levando a inúmeras mortes, destruição massiva e ao deslocamento de milhões de pessoas além de violações dramáticas dos direitos humanos.
Jovens querem futuro pacífico e de oportunidades
Para o secretário-geral, a paz ansiada pelos ucranianos reflete as aspirações das pessoas de todo o mundo, principalmente dos jovens que querem um futuro de oportunidades e sem violência.
António Guterres afirmou que está gravemente preocupado com a situação na usina nuclear de Zaporizhzhia, a maior da Europa.
Ele disse que o bom senso deve prevalecer para evitar qualquer ação que possa colocar em perigo a integridade física e a segurança da instalação.
Missão da Aiea à Zaporizhzhia
Para o chefe da ONU, é necessário um acordo urgente para restabelecer Zaporizhzhia como uma infraestrutura puramente civil levando segurança à área.
Os arredores da usina foram alvos de vários bombardeios na última semana. E, em um deles, um dos reatores foi desligado.
A Agência Internacional de Energia Atômica, Aiea, está em contato com Ucrânia e Rússia e já informou que está pronta para enviar uma missão técnica ao local para avaliar a situação da segurança nuclear.
Para Guterres, a vitória da diplomacia e do multilateralismo que levou ao acordo da Iniciativa de Grão do Mar Negro é uma prova de que é possível alcançar consensos.
Acordo de grãos para reverter crise global de alimentos
O chefe da ONU afirmou que desde o início da guerra, ele tem sido claro de que não é possível conseguir uma solução para a crise global de alimentos sem assegurar o acesso total à produção de alimentos e fertilizantes da Rússia e da Ucrânia.
Em menos de um mês, desde o acordo, 21 navios já deixaram os portos da Ucrânia carregados de cereais, e 15 embarcações zarparam de Istambul para a Ucrânia transportando grãos e outros itens alimentares.
Uma das áreas beneficiadas pela medida e que poderá continuar recebendo os cereais da Ucrânia é o Chifre da África.
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