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terça-feira, 8 de novembro de 2022

Presidente nacional do PSD, Kassab diz que conversa com o PT é natural e pode integrar base do Governo

 


O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, disse nesta segunda-feira (7) que é natural a discussão para um eventual alinhamento da sigla ao governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Na paraíba, o partido é comandado pela senadora Daniella Ribeiro.

Durante entrevista, o ex-ministro afirmou que “parcela expressiva” de integrantes do partido já têm apoiado Lula desde a campanha, o que facilitaria a aproximação com o PT.

De acordo com Kassab, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, deu início às tratativas, mas a discussão deve ser encarada, primeiro, no âmbito interno do PSD.

“É uma conversa que não aconteceu. O PSD no primeiro turno teve uma posição de neutralidade e, agora, nós recebemos um convite da presidente do PT para iniciarmos uma conversa. Esse convite foi aceito e é evidente que precisa ser discutido internamente pelo partido, porém, já no primeiro e no segundo turno, uma parte expressiva do partido, diante da posição de neutralidade, apoiou a candidatura do presidente Lula”, disse.

“Tem naturalidade a discussão e eventual posicionamento do partido integrando a base do governo, apoiando a governabilidade”, acrescentou.
O desejo de ter o PSD aliado é antigo e esteve presente durante a campanha vitoriosa do petista.

Ainda durante a articulação da pré-campanha ao Planalto, no ano passado, Lula e lideranças do PT tentaram atrair o apoio formal do partido. No partido, o ex-presidente tinha apoio de uma ala declaradamente lulista, composta por senadores e deputados federais.

Na tentativa de firmar um acordo, o ex-presidente chegou a participar de conversas com o presidente nacional da sigla, Gilberto Kassab, e de um almoço com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A aliança, no entanto, não avançou.

Em convenção nacional no final de julho, o partido optou pela neutralidade no primeiro turno, o que permitiu que o petista seguisse com apoios declarados dos senadores Omar Aziz (AM), Otto Alencar (BA) e Carlos Fávaro (MT), e do deputado Marcelo Ramos, por exemplo. Mais tarde, Fávaro passou a ser conselheiro e interlocutor de Lula com o agronegócio.

 

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