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quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

Alemanha vence Costa Rica, mas é eliminada da Copa na fase de grupos

 


A tetracampeã mundial Alemanha está eliminada na fase de grupos da Copa. Mais uma vez. Assim como em 2018, na Rússia, os alemães viram o sonho do penta no Catar cair por terra logo na etapa inicial da competição. Nesta quinta-feira (1º), o time do técnico Hansi Flick até venceu a Costa Rica por 4 x 2, no Estádio Al Bayt, em Al Khor, mas não foi suficiente. No saldo de gols, a Espanha - derrotada por 2 x 1 pelo Japão na outra partida do Grupo E - levou a melhor. Os costa-riquenhos também estão eliminados.

Na reta final do jogo, a Alemanha dependia de um gol de empate espanhol contra os japoneses, o que não ocorreu. A surpreendente Seleção Japonesa chegou aos seis pontos e avança ao mata-mata como líder da chave. Nas oitavas, vai enfrentar a Croácia, atual vice-campeã do mundo e segunda colocada do Grupo F. O jogo está marcado para segunda, às 12h, no Al Janoub, em Al Wakrah.

Outra classificada da chave, a Espanha termina com quatro pontos, mesmo número da Alemanha. Os espanhóis se classificam pelo saldo de gols: seis a um. Costa Rica se despede com três pontos. A Espanha enfrenta Marrocos, líder do Grupo F, na próxima terça-feira, a partir das 12h (de Brasília), no Estádio da Educação, em Doha.

Momento histórico

A partida desta quinta foi histórica para a luta das mulheres no ambiente machista do futebol. Pela primeira vez em 92 anos de Copa do Mundo masculina, o trio de arbitragem de um jogo foi feminino. Os nomes que serão lembrados para sempre: a árbitra francesa Stephanie Frappart e as assistentes brasileira Neuza Inês Back e mexicana Karen Díaz Medina.

O jogo

Com a obrigação de vencer para tentar avançar, a Alemanha começou em cima e chegou a ter mais de 70% de posse de bola. A pressão deu resultado logo no início. Após seguidas boas intervenções, o goleiro Navas nada conseguiu fazer aos 10 minutos, quando Gnabry desviou cruzamento rasteiro de Raum: 1 x 0. Depois do gol, os alemães continuaram dominantes. Afinal, sabiam que o saldo poderia ser fator decisivo na classificação caso a Espanha não vencesse o Japão no Estádio Internacional Khalifa, em Doha.

Aos poucos, o intenso ritmo ofensivo caiu. A Alemanha até continuava com a bola e não sofria defensivamente, mas tampouco levava perigo com a mesma frequência de antes. A monotonia do campo fez a torcida apelar para a "ola" nas arquibancadas - e aplaudir a si mesma depois do show. O silêncio foi quebrado quando Fuller saiu de frente para o gol e parou em ótima defesa de Neuer, na solitária chance dos Ticos na etapa inicial.

A volta para o segundo tempo foi acompanhada de tensão para os alemães. Após sair perdendo, o Japão tinha conseguido virar contra a Espanha: 2 x 1. A missão da Alemanha estava ficando praticamente impossível por conta da desvantagem no saldo de gols. O jeito, então, foi mandar o time todo para frente. Mas a situação alemã ficou ainda mais dramática quando Tejeda empatou para a Costa Rica aos 13 minutos e fez tremer o estádio.

A pressão alemã aumentou. Foram duas bolas na trave e várias finalizações nas redondezas da área. Mas aconteceu o improvável. Borges virou para a Costa Rica em saída em falso de Neuer aos 25 minutos e deixou o estádio incrédulo: 2 x 1.

A vantagem, porém, não durou muito. Apenas três minutos depois, Havertz empatou para os alemães. O jogo ficou alucinante, com ataques perigosos para os dois lados e um milagre de Navas para evitar a virada. Mas, no fim, os alemães buscaram a virada, novamente com Havertz, e ampliaram com Fullkrug. Os 4 x 2, porém, não foram suficientes, já que a Espanha não conseguiu empatar com o Japão na outra partida da chave.

Copa do Mundo
Grupo E - 3ª rodada
Alemanha 4 x 2 Costa Rica
Estádio Al Bayt, Al Khor, Catar

Costa Rica
Navas; Fuller (Bennette), Óscar Duarte, Waston, Vargas e Oviedo (Contreras); Celso Borges, Tejeda (Wilson), Campbell e Aguilera (Salas); Venegas (Matarrita)
Técnico: Luis Fernando Suárez

Alemanha
Neuer; Kimmich, Sule (Ginter), Rudiger e Raum (Gotze); Gundogan (Fullkrug), Goretzka (Klostermann) e Musiala; Sané, Gnabry e Muller (Havertz)
Técnico: Hansi Flick

Gols: Tejeda, aos 13', e Borges, aos 25' do 2ºT (CRC); Gnabry, aos 10' do 1ºT, Havertz, aos 28' e aos 40', e Fullkrug, aos 44' do 2ºT (ALE)
Cartão amarelo: Duarte, aos 32' do 2ºT (CRC)
Árbitra: Stephanie Frappart (França)

 

 

 

 

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