700 mil vidas perdidas. O Brasil chegou a esse número de mortes pela covid-19, mas, na verdade, milhares de outros brasileiros também morreram um pouco quando viram seus pais, mães, filhos e amigos perdendo a vida ao longo desses 3 anos de pandemia.
E será que alguma coisa poderia ter sido feita para evitar essa quantidade de mortes? O infectologista Eduardo Reais defende que a covid pegou o mundo todo de surpresa e não havia nenhum país preparado para atender tantas pessoas doentes ao mesmo tempo. De acordo com ele, a dificuldade assistencial no começo da pandemia, principalmente com a cepa inicial, agressiva e com alto potencial de letalidade, foi um cenário comum a todas as nações.
Mas o médico destaca que, com a fabricação da primeira da vacina contra o vírus, esse cenário muda e ele acredita que o Brasil foi lento na compra e distribuição das doses. Além disso, Dr Eduardo afirma que a desinformação e a falta de uma campanha eficaz de conscientização das pessoas sobre a segurança da vacina, contribuíram muito para o aumento de mortes.
A Paola Facela é uma das pessoas que perdeu um ente querido e sentiu que morreu um pouco também. Sua mãe, de 81 anos, faleceu em decorrência de complicações da covid em março de 2021. E movida por essa dor, ela se reuniu com outros familiares de vítimas e fundou uma associação de vítimas e familiares da covid 19. Além da troca de experiências e do apoio mútuo por terem vivido perdas tão difíceis de superar, a entidade busca justiça e honra à memória dessas pessoas mortas.
Segundo a Agência Rádio Nacional, com a marca dos 700 mil mortos, de acordo com a OMS, o Brasil ocupa o 20° lugar entre 231 países com mais mortos, proporcionalmente à sua população, com uma média de 3.250 falecidos por milhão de habitantes.
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