Um estudo realizado pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP) mostra que 85% dos adolescentes entre 12 e 14 anos jogam videogame. O Brasil está no topo de rankings internacionais sobre o tempo de uso de consoles. No entanto, apesar de muita gente jogar diariamente, outra questão é pouco debatida: até que ponto o consumo de jogos eletrônicos é considerado saudável.
Pensando nessa problemática, que tem tirado o sono de muitos pais, a deputada Terezinha Maia (PL) apresentou um projeto de lei que institui a Semana de orientação, prevenção e combate à dependência tecnológica no RN. Considera-se dependência psicológica o uso compulsivo de internet, de jogos de videogame, computador, celular e outros dispositivos eletrônicos móveis.
“As pessoas afetadas pela dependência tecnológica apresentam sintomas semelhantes aos da dependência química, como ansiedade, irritabilidade, depressão e isolamento social. Tal problemática afeta, principalmente, jovens e crianças, que se sentem estimulados e atraídos pelas telas cheias de cores, animações, músicas e outros atrativos”, justificou Terezinha.
A pesquisa da USP mostra que 28% dos quatro mil adolescentes entrevistados fazem uso problemático de jogos eletrônicos e se encaixam em critérios do Transtorno de Jogo pela Internet (TJI), que tem como principais sintomas a falta de controle sobre o início, frequência, intensidade, duração, término e contexto do jogo.
Um relatório da Associação Americana de Psicologia, baseado em mais de 100 estudos, concluiu que jogos de guerra, luta e tiro podem estimular a agressividade. Sobre a temática, Terezinha Maia apresentou o projeto que institui o programa educativo de sensibilização para prevenção e combate ao uso de mídias sociais e jogos eletrônicos e virtuais que induza crianças e adolescentes à automutilação e ao suicídio.
“A proposta tem como objetivo democratizar informações sobre o tema como forma de sensibilizar professores, gestores, pais, familiares e responsáveis a identificarem comportamentos estranhos e, sobretudo, orientarem e conscientizarem as crianças e adolescentes a respeito de práticas perigosas que tendem à automutilação e suicídio”, explicou Terezinha.
Por fim, a parlamentar apresentou um projeto de lei que institui o Selo “Escola Amiga da Educação Inclusiva” que será conferido às escolas públicas e privadas do Estado do Rio Grande do Norte que adotem medidas para implantação de um sistema educacional inclusivo de pessoas com deficiência em todos os níveis de ensino.
A matéria prevê que as escolas que adotarem ações como adoção de currículos, técnicas, recursos educativos e organização específicos para atender as necessidades de estudantes com deficiência, além da formação de gestores, educadores e demais profissionais da escola para a educação na perspectiva inclusiva, particularmente na aprendizagem, na participação e na criação de vínculos interpessoais, adequação arquitetônica dos prédios escolares nos termos da legislação e normas vigentes relativas à acessibilidade, dentre outras, serão agraciadas com o Selo “Escola Amiga da Educação Inclusiva”.
“Atendendo às leis nacionais de políticas de educação, a escola deve ser um espaço de aprendizagem e de democracia inclusiva. O projeto visa incentivar as instituições a promoverem uma educação de alta qualidade a todas as crianças e adolescentes, pressupondo a igualdade de oportunidades, a garantia ao acesso, a participação e a aprendizagem de todos, sem exceção”, finalizou a deputada.
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