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quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

Concurso MPU é confirmado para o primeiro trimestre de 2025

 


Agora é oficial! O Ministério Público da União confirmou nesta quinta-feira, 12, que o edital do novo concurso MPU será publicado no primeiro trimestre de 2025.

“Os 18 membros da comissão instituída para coordenar a realização do certame seguem trabalhando nas próximas etapas do concurso”, disse o MPU, em nota oficial.

Além disso, o órgão anunciou que a oferta será para os cargos de técnico e analista do MPU em diversas áreas de atuação. O edital trará as vagas disponíveis no momento e formação de cadastro de reserva para nomeações futuras.

Ambos os cargos terão como requisito o nível superior completo, seguindo a Lei 14.591/23 e a portaria publicada pelo próprio órgão no dia 16 de novembro.

No caso do Policial Institucional, além da graduação, também foi confirmada a exigência da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), na categoria “D” ou “E”.

A remuneração dos aprovados no concurso será variável conforme o cargo:

  • técnicos do MPU: R$8.529,64, sendo R$3.554,02 de vencimento básico e R$4.975,64 de Gratificação por Atividade do Ministério Público da União (GAMPU); e
  • analistas do MPU: R$13.994,76, sendo R$5.831,15 de vencimento básico e R$8.163,61 de Gratificação por Atividade do Ministério Público da União (GAMPU).

A previsão inicial, segundo a secretária-geral do Ministério Público Federal, Eliana Torelly, era divulgar o edital até o início deste mês de dezembro. Porém, os trâmites burocráticos adiaram a abertura do concurso para 2025.

De acordo com a oferta de vagas, os aprovados poderão ser nomeados para qualquer um dos quatro ramos do MPU:

  • Ministério Público Federal (MPF);
  • Ministério Público do Trabalho (MPT);
  • Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT); e
  • Ministério Público Militar (MPM).
  • Concurso MPU terá FGV como banca organizadora
  • A Fundação Getulio Vargas (FGV) será a banca organizadora do concurso, conforme o extrato divulgado neste ano. Ela será a responsável por receber as inscrições, além de aplicar as provas aos candidatos.
  • A escolha da FGV quebrou a sequência de concursos do MPU organizados pelo Cebraspe. Desta forma, os candidatos devem se atentar à forma de cobrança da nova banca.
  • Em sua proposta para organizar o concurso MPU, a Fundação Getulio Vargas listou as seguintes etapas de seleção:
  • provas objetivas para todos os cargos;
  • provas discursivas para todos os cargos (com exceção de técnico – Segurança Institucional);
  • Teste de Aptidão Física (TAF) somente para técnico – Segurança Institucional;
  • avaliação médica somente para técnico – Segurança Institucional; e
  • programa de formação profissional somente para técnico – Segurança Institucional.
  • As provas serão aplicadas nas capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal.
  • Os detalhes das provas objetivas e discursivas também já foram confirmados na proposta da FGV. Confira:
  • prova objetiva: 80 questões, sendo 30 questões de Conhecimentos Gerais e 50 de Conhecimentos Específicos; e
  • prova discursiva: redação de até 30 linhas.
  • As disciplinas de Conhecimentos Gerais e Específicos ainda não foram reveladas.
  • Para o cargo de técnico de Segurança Institucional (policial do MPU), o TAF cobrará os exercícios de barra fixa, flexão de braço, flexão abdominal e corrida.

Veja quais especialidades podem estar no novo edital

As especialidades de técnico e analista do MPU ainda não foram confirmadas. Porém, é possível ver quais áreas constam na estrutura de pessoal do Ministério Público da União:

Técnico do MPU nas especialidades de:

  • Administração;
  • Controle Interno;
  • Enfermagem;
  • Orçamento;
  • Polícia Institucional;
  • Saúde Bucal.

Analista do MPU nas especialidades de:

  • Arquivologia;
  • Atuarial;
  • Biblioteconomia;
  • Comunicação Social;
  • Direito;
  • Estatística;
  • Finanças e Controle;
  • Gestão Pública;
  • História;
  • Cardiologia;
  • Clínica Médica;
  • Ginecologia;
  • Oftalmologia;
  • Pediatria;
  • Psiquiatria;
  • Perito em Antropologia;
  • Perito em Arqueologia;
  • Perito em Arquitetura;
  • Perito em Biologia;
  • Perito em Contabilidade;
  • Perito em Economia;
  • Perito em Engenharias;
  • Perito em Geografia;
  • Perito em Geologia;
  • Perito em Medicina;
  • Perito em Medicina do Trabalho;
  • Perito em Oceanografia;
  • Perito em Psiquiatria;
  • Perito em Tecnologia da Informação e Comunicação;
  • Enfermagem;
  • Farmácia/Bioquímica;
  • Nutrição;
  • Odontologia;
  • Psicologia;
  • Serviço Social;
  • Desenvolvimento de Sistemas;
  • Suporte e Infraestrutura.

Segundo o posicionamento do MPU, qualquer uma das especialidades listadas acima poderá ser contemplada no próximo edital.

Ministro do STF adia decisão sobre requisito do técnico

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, concedeu um primeiro parecer sobre a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 7710), que questiona a escolaridade do cargo de técnico do Ministério Público da União.

Para Toffoli, a ação não exige uma urgência de análise. Desta forma, ele determinou que a decisão seja tomada em caráter definitivo e não com a concessão de uma liminar.

O relator, com isso, postergou a decisão sobre o requisito do cargo de técnico, que deve ser tomada pelo Plenário do STF, sem data marcada ainda.

Com a medida tomada pelo relator da ADI, o cargo de técnico do MPU segue com o requisito de nível superior, conforme a Lei 14.591/23. Internamente, o órgão já se prepara para publicar o edital do concurso seguindo a legislação atual.

A ADI em tramitação no Supremo Tribunal Federal é de autoria do procurador-geral da República, Paulo Gonet.

Na perspectiva dele, a lei que culminou na mudança de requisito do cargo deveria ter sido proposta pelo próprio chefe do MPU. No entanto, a alteração foi proposta por parlamentares, durante a análise do projeto de lei no Congresso Nacional.

Para o procurador-geral da República, isso se caracteriza como uma inconstitucionalidade, um vício de iniciativa.

Gonet pedia na ADI a concessão de uma medida cautelar de suspensão da eficácia dos dispositivos impugnados. Ou seja, ele solicitou que a lei fosse suspensa e que o requisito de técnico do MPU voltasse para o nível médio.

Porém, o relator da ADI, ministro Dias Toffoli, não concedeu a liminar e postergou para a decisão definitiva pelo STF.

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