Os professores do Departamento de Arquitetura (Darq/UFRN), Eunádia Cavalcante e José Clewton do Nascimento, participaram, no dia 8 de março, de uma reunião comunitária e de articulação institucional na Comunidade Quilombola Queimadas, localizada no Povoado Totoró, na zona rural do município de Currais Novos. A ação dá continuidade às atividades do projeto de extensão Assistência Técnica a Comunidades Quilombolas do Rio Grande do Norte e da Paraíba.
A Comunidade Rural de Queimadas, também conhecida como Negros do Ludogero, possui quase 270 anos de existência e abriga atualmente cerca de 16 famílias. Recentemente, em 2023, a Fundação Cultural Palmares reconheceu Queimadas, oficialmente, como a segunda comunidade remanescente de quilombo. Com isso, os moradores sentiram-se motivados a apresentar demandas por direitos específicos, por meio do acionamento da identidade étnica quilombola.
Anteriormente, foi feito o levantamento das ruínas da casa de taipa mais antiga e constatou-se a necessidade de projetos de restauração do prédio da associação dos moradores, de uma cozinha comunitária e do centro de memória. O projeto encontra-se na fase de estudo preliminar.
Na visita do último sábado, os professores Eunádia Cavalcante e Clewton do Nascimento reuniram-se com a comunidade para apresentar os projetos das edificações necessárias para a organização socioeconômica do local incorporar novas sugestões.

Participaram da reunião Maria da Guia Ferreira, Jessica Beatriz e Lidiane Cristina, membros da Associação Quilombola de Queimadas. Também estiveram presentes Rayssa Batista, da Secretaria Especial de Mulheres, Juventudes, Direitos Humanos e Igualdade Racial do RN; Patrícia de Souza, da Escola Multicampi de Ciências Médicas (EMCM/RN); Maria das Graças e Laura Melo Simplicio, da Rede de Pontos de Memória e Museus Comunitários do RN. Outros participantes foram Raimundo Melo do Pontão de Cultura e Comunicação do RN, e Talita Barbosa, do Centro de Documentação e Comunicação Popular (Cecop/RN).
As propostas apresentadas foram bem recebidas pela comunidade. Nas palavras da presidente da Associação de Moradores, Maria da Guia Ferreira da Silva, “foi mais do que eu sonhei”.
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