O presidente do PT, Rui Falcão, em entrevista durante o encontro nacional do partido, em São Paulo (Foto: Roney Domingos / G1)
O presidente do PT, Rui Falcão, disse neste sábado (3), em entrevista durante o encontro nacional do partido, em São Paulo, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não deverá assumir cargo formal na coordenação, mas já é o "comandante-geral" da campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff.
Na noite de sexta, Dilma foi aclamada pelos delegados do encontro como pré-candidata à reeleição, e Lula afirmou que "não há outro candidato", em referência ao chamado movimento "Volta Lula", cujo objetivo era substituir a candidatura de Dilma pela do ex-presidente.
"O Lula é o grande comandante do partido, da campanha. Ele transcende qualquer organização funcional que a gente crie na campanha. A orientação política é dele. Se ele quiser ir para o comitê e ficar no dia-a-dia do partido, não há nenhum impedimento. Ele já é o comandante-geral", afirmou Falcão.
De acordo com o presidente do PT, a candidatura de Dilma é "irreversível". "Eu não gosto dessa pergunta porque eu dei uma resposta em uma ocasião e ela foi mal interpretada. Então, eu vou dizer que é irreversível, embora eu tenha dito sempre que irreversível é só a morte. Mas para não permitir manipulação, vou dizer que é irreversível", afirmou.
Neste sábado, os delegados do encontro do PT aprovaram o texto sobre tática eleitoral. O das diretrizes de governo ainda deverá passar por uma comissão de sistematização antes de ser submetido ao Diretório Nacional.
"Aprovamos um texto-base, de apoio, e esse texto, em conjunto com os demais que foram propostos, vai ser remetido para uma comissão de teses para assimilar aquilo que não é contraditório, aquilo que agrega, amplia, aprofunda. Depois isso vai ser aprovado no âmbito do diretório. Esse texto vai ser revisto, inclusive vai passar pelo meu crivo e depois vai passar pelo diretório. Por isso, não se aprovou aqui o conjunto", afirmou.
Segundo Falcão, o texto de diretrizes deverá abordar a necessidade de reformas estruturais, de ampliação da participação popular, reforma política, mídia democrática e reforma ttributária.
A tática eleitoral aprovada neste sábado mantém as questões principais, com alterações pontuais na redação. Segundo Falcão, o centro da tática do PT é a continuidade do projeto do partido com reeleição da presidente Dilma, luta por palanques unitários e estímulo ao convívio sem sectarismo onde há candidaturas concorrentes locais que apoiam o PT no plano nacional.
Outra conclusão é que a campanha será dificil, segundo Falcão, "com adversários com sustentação na elite e mídia monopolizada, que é o principal partido de oposição".
A tática recomenda aos petistas não subestimar os adversários e realizar campanha mais nas ruas que nos gabinetes.
Roney DomingosDo G1 SP
Roney DomingosDo G1 SP
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