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quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

Conass reconhece nova onda de Covid-19 e pede ações ao Ministério da Saúde

 


Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) reconheceu, nesta quarta-feira (12), o estabelecimento de uma nova onda de casos de Covid-19 no Brasil com o avanço da variante Ômicron.

Em ofício enviado ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o Conass diz acreditar “que o crescimento de casos, impulsionado pela nova variante, volta a impor desafios aos sistemas de saúde público e privado do país. Destaca-se que, mesmo com a suspeita da menor gravidade, com a alta transmissão aumentam as chances de hospitalização, principalmente na população sem esquema vacinal completo.”

Segundo dados do Painel Conass, foram notificados 1.721 infecções pelo coronavírus em 2 de janeiro. Já no último domingo (9), o número saltou para 24.382 casos, representando um aumento superior a 300%.

Com o cenário, o Conass pede que o Ministério da Saúde autorize que toda a rede hospitalar seja voltada para atender casos de Covid-19; o aporte de recursos para testagem em massa, considerando o valor de R$ 4 para cada teste enviado aos estados e municípios.

O presidente do conselho, Carlos Lula, assina a nota que ainda solicita o posicionamento da Secretaria de Vigilância em Saúde sobre o cancelamento do Carnaval de rua ou de outros eventos em que não exista a possibilidade de controle com o passaporte vacinal ou teste negativo; e o monitoramento de um potencial desabastecimento de equipamentos de proteção individual (EPIs) e de kits para entubação.

Com um terço da população elegível para a vacinação ainda sem o esquema completo, o conselho afirma que o país está vulnerável a uma grande onda de casos que irá impactar na lotação de hospitais.

“Sendo a Ômicron mais transmissível e responsável pelo aumento de pacientes com sintomas leves, os serviços ambulatoriais estarão pressionados por quadros clínicos que exigem testagem imediata, prescrição médica e emissão de atestados para o devido isolamento dos positivos. Em países onde a nova variante já impacta em recordes de casos leves, a rede hospitalar também já se encontra pressionada por casos graves, principalmente em pacientes não-vacinados, incluindo as crianças”, exemplifica.

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