A proposta do governo do Rio Grande do Norte de reajustar o piso dos professores da Rede Estadual de Ensino em 13% foi avaliada como insuficiente pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte-RN). O valor foi proposta em reunião nessa sexta-feira (04).
O sindicato celebrou o que chamou de início das negociações. "A proposta é insuficiente, embora signifique o início das negociações com o Governo", pontuou o Sinte-RN.
De acordo com a proposta, o percentual de 13% (1ª parcela) seria implantado em março. "Sobre o retroativo e os 20,24% restantes, o Governo afirmou que buscará as condições para aplicar o retroativo para toda categoria e para implantar o reajuste em sua totalidade ao longo do ano", acrescentou.
Para a coordenadora geral do SINTE, professora Fátima Cardoso, caso exista a intenção real do Governo de implantar o Piso 2022, o Executivo precisa apresentar um escalonamento de parcelas que abranja o reajuste em sua totalidade e não somente indicar uma data para quitação da parcela inicial. Fátima também reitera que a categoria vai lutar para conquistar o percentual de 33,24%.
Além dos 13%, o Secretário de Educação propôs a criação de uma mesa permanente de negociação com o SINTE/RN. Sobre isso, a Coordenadora do Sindicato respondeu que a criação e manutenção de uma mesa de negociação apenas é possível se houver elementos de previsão sobre o Piso.
“Se for possível, do ponto de vista jurídico, os professores vão virar o ano de 2022 com os 33,24% do Piso implementados”, afirmou o controlador geral do Estado, Pedro Lopes.
“É desejo da Governadora que o Piso dos professores seja implantado. Então, buscaremos as formas disso acontecer, de acordo com o limite financeiro do Estado”, disse o Secretário de Educação.
Ainda de acordo com o governo, o impacto dos 33,24% na folha do funcionalismo será de R$ 1 bilhão ao ano. Ou seja, R$84 milhões por mês. Durante a reunião, um grupo de profissionais da educação protestava em frente à governadoria.
Além da questão do Piso, outras demandas da categoria foram levantadas durante a audiência. Acerca disso, o SINTE solicitou agendamento de uma nova reunião com o Governo para tratar da apresentação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) dos/as funcionários/as e para tratar da tramitação da lei das escolas de tempo integral e da lei do porte das escolas.
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