No próximo dia 18 de agosto, será realizado o Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), após três meses de adiamento por conta das chuvas que devastaram o Rio Grande do Sul.
Organizador do concurso, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) adotou um modelo de seleção inédito, semelhante ao do Exame Nacional do Ensino Médio, em que os candidatos podem concorrer a diversos cargos e escolher a ordem de preferência, o que amplia as chances de aprovação dos mais de 2,1 milhões de inscritos para as 6.640 vagas em 21 órgãos da administração pública federal. Além disso, o MGI formará um Banco de Candidatos Aprovados em Lista de Espera, para futuras convocações, aumentando ainda mais as chances de aprovação.
Será formado um Banco de Candidatos para cada um dos oito blocos temáticos, com o dobro do número de vagas imediatas do bloco. No Bloco 7, por exemplo, serão convocados 1.748 aprovados para as vagas imediatas e outros 3.496 ficarão classificados no banco. No total, serão mais de 13 mil classificados em todo o Banco de Candidatos.
Serão considerados classificados os candidatos que, após a soma das notas nas provas objetivas, discursivas e nas provas de títulos, estiverem classificados até o limite de duas vezes o número de vagas imediatas do bloco temático, com notas mais altas conforme o cargo e especialidade. De acordo com o edital, serão levados em consideração os cargos e as especialidades com suas ordens de ranqueamento escolhidos na inscrição, além de levar em conta as vagas reservadas para negros, indígenas e pessoas com deficiência.
Como funciona
Quem inicialmente não tiver nota suficiente para passar, por exemplo, em sua primeira opção de cargo, sinalizada no momento da inscrição, poderá atingir a nota mínima para entrar no seu segundo cargo prioritário, mas ainda segue no banco de candidatos para a primeira opção e tem chance de ser chamado, posteriormente (ainda que assuma o cargo que foi sua segunda opção).
Segundo o assessor do Gabinete da Secretaria de Gestão de Pessoas (SGP) do MGI e membro do Grupo Técnico Operacional do CPNU, Pedro Assumpção Alves, após a prova, as pessoas terão notas e posições diferentes para cada cargo ranqueado dentro do bloco temático escolhido na inscrição, de acordo com o peso que cada eixo temático tem para os respectivos cargos.
“O Banco de Candidatos é a nossa forma de nomear a lista de espera do concurso unificado. Dependendo da sua nota, você poderá estar apto a ocupar a vaga que você indicou como preferencial ou as seguintes. Sua nota pode ser baixa para a vaga de preferência, mas pode ser suficiente para a segunda vaga”, explicou Alves
Quem for contratado para sua terceira vaga de preferência, por exemplo, pode se manter no banco de candidatos para a sua primeira e segunda vagas escolhidas como prioritárias no momento da inscrição, tendo chance de ser convocado para ocupar posições melhores que surjam futuramente, se atingir os pré-requisitos. “O candidato concorre a todas as vagas em que se inscreveu dentro do bloco. A classificação depende de ele atingir as notas mínimas de cada cargo e estar classificado dentro do quantitativo estipulado para o Banco, que é de duas vezes o número de vagas imediatas do bloco temático”, afirma Pedro.
Novas convocações e vagas temporárias
As novas convocações para os cargos previstos neste concurso poderão ser feitas a cada seis meses ou conforme a necessidade e o fluxo de liberação e desocupação dos cargos. Também há a possibilidade das pessoas que estão no banco de candidatos em lista de espera serem chamadas a assumir vagas temporárias no serviço público federal. Caso o candidato assuma uma vaga temporária, ele seguirá no Banco de Candidatos, aguardando possíveis vagas efetivas, sem perder sua classificação.
“Optamos por 12 meses de validade para o CPNU, prorrogável por mais 12 meses, para garantir aos candidatos que iremos chamar com a maior brevidade possível e porque temos interesse em fazer uma nova edição do concurso unificado, em breve”, declarou Pedro Assumpção.
Nenhum comentário:
Postar um comentário