A onda de ataques iniciada em Natal e algumas cidades do RN foi novamente o tema de destaque na Assembleia Legislativa do RN. Durante a sessão plenária desta quarta-feira (15), todos os parlamentares que se pronunciaram abordaram o problema.
Primeiro a utilizar o horário, o deputado José Dias (PSDB) lamentou o “horror” e lembrou de episódios vividos na gestão passada, com as rebeliões nos presídios. “A ação terrorista de facções organizadas prejudica a sociedade e deveria ter servido para reflexão e prevenção”, disse o deputado.
José Dias também criticou os governos progressistas e o que denominou de “duplo padrão da esquerda”, de colaborar com o caos. O deputado sugeriu ações preventivas: “É impossível ter a capacidade absoluta de prever todos os fatos, mas existem circunstâncias que obrigam a um cuidado maior, temos que fortalecer o estado para coibir a violência”, afirmou.
O deputado ainda criticou a política de desarmamento atual, que na sua avaliação irá prejudicar os cidadãos que têm propriedades e que as utilizam como local de trabalho. “A justiça desarma quem trabalha, o cidadão que tem uma propriedade e lá trabalha é coibido de possuir armas dentro do seu território, uma arma legal, registrada, sobre a qual pagou impostos”, criticou. Em outro momento, lamentou o fato de ter negados, pelo governo estadual, os recursos que destinou em emendas parlamentares para reforçar a segurança pública em Pendências. “Solicitei câmeras de segurança, mas não fui atendido e tive que remanejar para a saúde”, explicou.
O deputado Neilton Diógenes (PL), por sua vez, parabenizou a governadora Fátima Bezerra pela rápida resposta do governo aos atos criminosos. “Foi uma resposta rápida. Também quero agradecer à nossa bancada federal e ao Ministro de Justiça por sua atuação contra essa afronta que tivemos em nosso Estado”, registrou.
O parlamentar disse que é preciso ainda a gestão pública avançar na inteligência e no fortalecimento das forças de segurança para que o RN não volte a ter esses ataques. Ao final disse: “Independente de viés político, o que nosso povo precisa é de segurança, de paz e que forme essa força para que consigamos fazer com que a segurança pública seja mais forte. Essa fórmula não é mágica, temos que nos unir e debatermos juntos para mudar essa realidade viabilizando soluções”, disse.
Ao final, o deputado registrou os 171 anos de emancipação política de Mossoró. “Cidade do pioneirismo em várias áreas, resistência e fé. Mossoró é um berço da cultura, resistência ao cangaço, cidade onde houve o primeiro voto feminino, entre outras conquistas como ter sido a primeira cidade a libertar os escravos cinco anos antes da Lei Áurea”, encerrou.
Sobre os ataques, o deputado Luiz Eduardo (SDD) parabenizou todos os agentes de segurança pública que estão atuando no RN. “Destaco a atuação e faço um agradecimento especial aos homens e mulheres das polícias civil, militar, penal, federal, além dos policiais rodoviários e guardas municipais”, destacou.
Ao ministro da Segurança, Flávio Dino, o deputado Luiz Eduardo agradeceu o envio dos agentes da Força Nacional ao RN “para retomar a tranquilidade em nossa cidade e agradeço a todos os prefeitos que disponibilizaram equipamentos para as pessoas mais humildes se deslocarem, pois quem mais sofre são os mais humildes que precisam de transporte público”, observou. Ao final, o deputado Luiz Eduardo registrou a importância de um evento do setor de turismo que a cidade irá sediar com a participação de mais de 300 agentes de viagem.
Encerrando o horário dos líderes, a deputada Isolda Dantas (PT) parabenizou a firmeza da governadora: “Foi firme e ágil, pois estava cumprindo agenda em Brasília e foi importante ela conversar com Flávio Dino, pois em menos de 24h pudemos contar com agentes da Força de Segurança Nacional”, afirmou. Isolda também comemorou as futuras obras de duplicação da BR-304 até a divisa do Ceará.
Ao final de sua fala, a deputada citou a emancipação política de Mossoró. “É uma cidade linda, acolhedora, mas infelizmente abandonada, sem planejamento. Ainda vive uma profunda desigualdade, com bairros sem transporte de mobilidade pública, sem plano diretor e sem plano de águas pluviais para hoje e o futuro”, finalizou.
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