Os Estados Unidos e a União Europeia condenaram fortemente o ataque do Irã contra Israel, enquanto reiteravam seu compromisso com a segurança de Israel. O governo dos EUA, liderado pelo presidente Joe Biden, emitiu uma declaração enfatizando seu apoio “inabalável” a Israel e sua prontidão para proteger o país contra as ameaças iranianas.
Antes da manifestação da Casa Branca, o regime de Teerã havia feito uma advertência, pedindo que os americanos ficassem “de fora” do conflito. “Caso o regime israelense cometa outro erro, a resposta do Irã será consideravelmente mais severa. É um conflito entre o Irã e o regime israelense desonesto, do qual os EUA devem ficar de fora”. O país islâmico afirma que o lançamento de dezenas de drones e mísseis em direção ao território iraniano é uma resposta ao bombardeio contra seu consulado em Damasco, que resultou na morte de sete membros da Guarda Revolucionária, incluindo dois generais.
Biden teve de interromper uma viagem de fim de semana a Delaware para retornar à Casa Branca a fim de realizar consultas urgentes sobre a crescente tensão no Oriente Médio. O seu silêncio — a manifestação da Casa Branca foi institucional, não pessoal — foi capitalizado por seu maior adversário político, o republicano Donald Trump. Em sua rede social, o ex-presidente dos EUA disse que o ataque a Israel nunca aconteceria se ele fosse presidente e afirmou que suas manifestações sobre o episódio influenciaram Biden a voltar mais cedo para Washington.
“Devido à indignação universal e à minha verdade, Joe Biden foi forçado a voltar à Casa Branca esta noite, em vez de amanhã. Bom!”, exclamou Trump. Além disso, o pré-candidato conservador declarou que, devido “à minha verdade”, seu rival foi convencido pelos assessores a não divulgar um vídeo gravado sobre o conflito no Oriente Médio. Os dois deverão se enfrentar nas eleições presidenciais americanas, em novembro.
A União Europeia também condenou veementemente o ataque iraniano, classificando-o como uma escalada sem precedentes e uma séria ameaça à segurança regional. Líderes de países como Reino Unido, França, México, República Tcheca, Dinamarca e Noruega expressaram sua reprovação, alertando para os riscos de uma escalada militar na região.
O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, denunciou o ataque como imprudente e capaz de inflamar as tensões, enquanto a ministra de Relações Exteriores da França, Stéphane Séjourné, destacou que o Irã ultrapassou limites com sua ofensiva. O Itamaraty afirmou em nota que acompanha os desdobramentos do conflito. O presidente da Argentina, Javier Milei, antecipou retorno ao seu país após a ofensiva, cancelando uma viagem à Dinamarca.
*Com informações da AFP