Em discurso no Plenário nesta quinta-feira (23), o senador José Agripino (DEM-RN) manifestou preocupação com a competitividade do Brasil. Ele citou como exemplo o acordo automobilístico do Brasil com o México.
- O fato de o México ter se tornado um país mais competitivo fez com que o governo brasileiro pedisse de joelhos uma revisão do acordo automobilístico - disse o senador.
José Agripino disse que mitigar o custo Brasil é responsabilidade do governo federal. Ele criticou o que chamou de protecionismo brasileiro e disse que a alta do imposto sobre produtos industrializados (IPI) para carros importados é bom apenas no momento, mas não é saudável a longo prazo.
- A competição com carros importados, mais avançados e seguros, poderia fazer com que o consumidor brasileiro comprasse carros mais baratos e modernos - argumentou.
O senador afirmou que o nível de crescimento do emprego perdeu o fôlego e pediu mais qualidade no emprego ofertado no Brasil. De acordo com José Agripino, muitos empregos ficam na dependência de demandas de outros países, como é o caso da mineração - que depende de pedidos da China.
Na sua visão, para o Brasil ser mais competitivo, é preciso controlar o gasto público, diminuir o tamanho do estado e da carga tributária, além de aumentar os investimentos em saúde e educação.
- É um alerta para a correção de rumos. Quero um Brasil melhor - afirmou.
Transposição
Ele também criticou as obras de transposição do Rio São Francisco. Segundo o parlamentar, a obra foi lançada de forma descuidada e pode gerar prejuízos para os cofres brasileiros. O senador disse que a transposição é "um vexame" por falta de projeto e planejamento e afirmou que o valor da obra já cresceu mais de 30%.
Para José Agripino, a construção do trem-bala, entre Rio de Janeiro e Campinas, corre o mesmo risco.
Da Redação / Agência Senado
Da Redação / Agência Senado
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