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quarta-feira, 4 de julho de 2012

“O melhor candidato para Jardim era Rogério Couro Fino, nas palavras de Alberto Araújo”, diz vice-presidente do PMDB


A postura adotada pelo presidente do PMDB de Jardim de Piranhas, Alberto Araújo ao ter desrespeitado a determinação do diretório estadual do seu partido, parece não ter surpreendido apenas o presidente estadual, deputado federal Henrique Alves, mas muitos dos próprios filiados da legenda, e integrantes do diretório municipal.
Em entrevista à Rádio Caicó AM, nesta tarde de quarta-feira (04), o vice-presidente do PMDB, Antônio Dutra se mostrou surpreso com a decisão de Alberto, em apoiar a candidatura de Elídio Queiroz (PSD), quando a tendência dele, e de todo o PMDB era seguir a orientação do diretório estadual, e se coligar com o PR de Rogério Couro Fino.
Na entrevista, Antônio Dutra disse a última vez em que esteve pessoalmente com Alberto foi na noite da quarta-feira, que antecedeu a convenção de Elidio. “Ele esteve na minha casa e não falou em outra decisão. Até aquela data o bom candidato para Jardim era Rogério Couro Fino, nas palavras de Alberto Araújo. De todo o diretório do PMDB a tendência era Rogério. Eu não sei por qual motivo, só Alberto sabe explicar, que na sexta-feira ele mudou de idéia e foi para a outra coligação”, questionou Dutra.
Como aconteceram as articulações dentro do PMDB? Houve conversa com Rogério ou com Elidio sobre apoios políticos?
Antônio Dutra – De minha parte não teve conversa com ninguém. Só Alberto sempre vinha na minha casa, e a tendência pelas conversas era se coligar com Rogério Couro Fino. Até a quarta-feira antes da convenção a noite ele esteve na minha casa e não falou em outra decisão. Até aquela data o bom candidato para Jardim era Rogério Couro Fino, nas palavras de Alberto Araújo.
Quer dizer que até a véspera da convenção de Elídio, a tendência do PMDB e de Alberto era se coligar com Rogério?
De todo o diretório a tendência era Rogério. Eu não sei por qual motivo, só Alberto sabe explicar, que na sexta-feira ele mudou de idéia e foi para a outra coligação.
Você ficou surpreso com a decisão dele?
Muito surpreso, foi tanto que eu nem participei da convenção do PMDB. Ele me ligou, eu estava dormindo e não retornei a ligação, porque ele já tinha tomado uma posição antes da gente fazer a nossa convenção.
Então essa mudança de decisão do PMDB não foi combinada com vocês?
Não se trata da mudança do PMDB, é da pessoa de Alberto juntamente com sua família, já que uma grande parte dela integra o diretório do PMDB. Não foi uma decisão unanime do partido.
Em algum momento nas reuniões do PMDB se cogitou apoiar a candidatura de Elidio Queiroz?
A mim nunca foi conversado essa possibilidade, sempre era Rogério, até porque de lá Alberto já tinha saído do grupo de Elidio no início das conversações, no ano passado, devido a problemas que eu não sei explicar.
Quando você tomou conhecimento de que Alberto iria apoiar Elidio?
Só quando eu vi as fotos nos blogs que ele subiu no palanque da convenção.
Então até a data da convenção você não tinha conhecimento?
Não, porque eu estava aguardando uma resposta dele, ele passou aqui em casa na quarta-feira à noite, estava conversando com os membros do diretório e a gente iria se reunir para tomar uma posição. E não foi o que aconteceu.
Mas até a quarta-feira que você se refere a tendência permanecia ser uma aliança com Rogério Couro Fino?
Positivo. Pelas conversas, ele nunca mudou a posição dele. Ele sempre dizia que seria Rogério.
Ele chegou a conversar com o presidente do PMDB do RN, deputado federal Henrique Alves?
Segundo ele, via telefone. Henrique mandou ele conversar com o diretório e ficou de dar a resposta a Henrique, mas eu acho que essa resposta não foi dada, já que ele tomou uma posição antes da convenção do PMDB. Na conversa dele com Henrique, o deputado expôs a posição do PMDB se coligar com o PR, ele se reunisse com o diretório e comunicasse a decisão.
Você acha que houve uma falta de compromisso de Alberto com o presidente estadual do PMDB?
Eu acredito que sim, porque a determinação era se coligar com o PR. Depois da convenção e da decisão dele não tivemos mais nenhum contato. O clima dentro do PMDB ficou muito chato, porque a gente tinha uma esperança e foi outra.
Mas o PMDB de Jardim de Piranhas está dividido?
Com certeza. Quem não faz parte da família de Alberto Araújo continua no apoio a Rogério Couro Fino. Na minha opinião, o melhor para o partido era ter se coligado com o PR, seguindo a orientação do deputado federal Henrique Alves.

Por Assessoria de imprensa 


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