Governo
foi considerado ótimo ou bom para 55%, contra 63% em março; aprovação
da maneira de governar também registrou queda de 79% para 71%
Ed Ferreira/AE
"Pesquisa foi realizada entre 8 e 11 de junho"
A
avaliação do governo Dilma piorou em junho na comparação com março,
segundo pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quarta-feira, 19. O
levantamento aponta que a proporção da população que considera o governo
ótimo ou bom caiu de 63% para 55% no período. A proporção de pessoas
que considera o governo ruim ou péssimo cresceu de 7% para 13% - o que,
segundo a CNI, é o maior porcentual desde o início do governo. Os outros
32% consideram o governo regular.
A
pesquisa foi realizada entre os dias 8 e 11 deste mês, antes da
intensificação dos protestos no País. A primeira manifestação em São
Paulo ocorreu no dia 6 de junho, mas os protestos tomaram força a partir
do dia 13, quando houve confronto entre manifestantes e policiais na
capital paulista. As vaias à presidente, na abertura da Copa das
Confederações, em Brasília, ocorreram no dia.
Foram ouvidas 2.002
pessoas em 143 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais
para mais ou para menos.
De acordo com
o levantamento, a aprovação da maneira de governar da presidente também
caiu de 79% para 71%. Essa é a segunda pesquisa CNII/Ibope deste ano.
Na primeira pesquisa do ano do CNI, os índices de aprovação do governo
acompanhavam tendência de alta em relação aos dois levantamentos
anteriores, realizados nos meses de março de 2012 e de 2011. No
levantamento divulgado nesta quarta, de acordo com o CNI, seis das nove
áreas de atuação do governo foram desaprovadas pelos entrevistados:
segurança pública, saúde, impostos, combate à inflação, taxa de juros e
educação.
O boato sobre o fim do programa Bolsa Família foi a notícia
relacionada ao governo mais lembrada pela população.
No
começo de junho, pesquisa do instituto Datafolha também apontou queda
na popularidade da presidente. O porcentual de brasileiros que avaliavam
o governo como ótimo e bom passou de 65% no mês de março para 57% neste
mês.
Na ocasião, interlocutores do governo afirmaram que o recuo
representava "oscilação normal", causada por fatores como a inflação dos
alimentos, o "incidente" com o Bolsa Família e a seca no Nordeste.
Veja mais:
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