A insatisfação do PMDB com o tratamento dado pelo governo Dilma ao partido não se resume apenas à bancada na Câmara. Segundo integrantes da cúpula da legenda ouvidos pelo Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, existe um movimento interno para que se faça uma pré-convenção no mês de abril. Nesse encontro seria tirada uma posição quanto a permanência na aliança com o governo Dilma. Atualmente, a legenda ocupa cinco ministérios (Minas e Energia, Previdência, Agricultura, Turismo, Aviação Civil) além da Vice-Presidência da República com Michel Temer.
"O movimento existe, mas não se sabe quantos diretórios estão pedindo a pré-convenção porque nada foi formalizado ainda", disse o presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO). Para que seja realizada a pré-convenção é necessário pelo menos o apoio de um terço dos 27 diretórios estaduais da legenda. O encontro, no entanto, não tem efeito legal uma vez que as convenções, de acordo com a Lei Eleitoral, estão previstas para ocorrer entre 10 e 30 de junho. É nesse período que todos os candidatos são oficializados. Uma pré-convenção, entretanto, serviria como sinal de alerta tanto para Dilma quanto para Michel Temer, que trabalha pela manutenção da aliança.
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