Líderes de quatro centrais sindicais se encontram nesta terça-feira (26) com o vice-presidente, Michel Temer, para entregar uma carta em que pedem a manutenção e expansão de direitos trabalhistas, além da retomada docrescimento e do emprego.
Os presidentes da Central Sindical Brasileira , Antonio Neto; da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva; da Nova Central Sindical de Trabalhadores, José Calixto; e da União Geral dos Trabalhadores, Ricardo Patah, se reúnem com Temer às 10h no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice.
No texto, eles destacam o agravamento da crise econômica em decorrência do cenário político conturbado e pedem a “imediata retomada do crescimento econômico, da geração de emprego, de renda e da preservação e ampliação dos direitos trabalhistas e das conquistas sociais”.
Para isso, os líderes sindicais apresentam no documento uma agenda de ações a serem tomadas em um eventual governo Temer, entre elas a “implantação urgente de uma política de desenvolvimento nacional” e a “mudança e redirecionamento na política econômica”.
Eles pedem também a manutenção da política de valorização do salário mínimo, a correção da tabela do Imposto de Renda, a renegociação da dívida interna pública e a redução dos juros, entre outras reivindicações.
Temer continua a ouvir sugestões para formação de governo
Michel Temer passou mais um dia em reuniões com aliados, conversas com integrantes do PMDB e de outros partidos ou recebendo sugestões para a formação de um eventual governo, caso a presidenta Dilma Rousseff seja afastada pelo Senado em maio e ele assuma a Presidência, como consequência do processo de impeachment instaurado contra ela.
Durante a tarde, Temer permaneceu por cinco horas em audiências no gabinete da Vice-Presidência, no Palácio do Planalto, e, ao final, demonstrou novamente preferir o silêncio no momento atual. "Terei de ser repetitivo. Vou esperar o Senado Federal", disse aos jornalistas, fazendo referência a duas ocasiões na semana passada, quando disse que aguardará “silenciosa e respeitosamente” a análise dos senadores sobre a admissibilidade do processo de impeachment de Dilma.
Pela manhã, porém, ele repetiu a estratégia da última sexta-feira (22), e deu entrevista à imprensa estrangeira para rebater a tese da presidenta de que o processo de impeachment é um golpe. Antes mesmo de embarcar para Nova York, Dilma passou a conceder entrevistas em que acusa Temer de participar de tramar e conspirar contra ela.
Com Agência Brasil
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