A Fundação Nacional do Índio (Concurso Funai 2016) divulgou nesta sexta-feira, dia 22 de abril, o aguardado edital de abertura de seu concurso público destinado ao preenchimento de 220 vagas de nível superior. As oportunidades são para indigenista especializado (202), engenheiro (7), engenheiro agrônomo (5) e contador (6). Há chances reservadas para pessoas com deficiência e negros.
Os futuros servidores terão remunerações que variam de R$ 6,3 mil (contadores e indigenistas) a R$ 6.788,31 (engenheiros). Nos valores, já estão incluídos os R$ 458 referentes ao auxílio-alimentação. As lotações serão, preferencialmente, nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Rondônia e Roraima. Os contratados terão a estabilidade garantida, já que o regime é o estatutário. O concurso terá validade de um ano, podendo ser prorrogada por igual período.
As inscrições serão abertas no dia 2 de maio, as 10 horas e se encerrarão no dia 16 de maio. Para se candidatar, é necessário acessar o site da Esaf, organizadora, e preencher o formulário. As taxas são de R$ 120 para as funções de engenheiro e de R$ 100 para as demais e deverão ser pagas por meio de Guia de Recolhimento da União (GRU) gerado no momento da inscrição. O pagamento poderá ser feito até o dia 6 de junho.
Os concurseiros/as que inciaram os estudos neste momento e os que já se programavam previamente ao edital precisam encontrar diferentes métodos e maneiras de maximizarem os estudos rumo à aprovação no certame. O certame terá provas aplicadas somente em agosto. A concorrência promete ser acirrada por uma das vagas, como é tradição.
Para se ter uma noção, em 2010, quando houve o concurso para indigenista, posto que oferece mais oportunidades, foram mais de 100 mil inscritos. As excelentes remunerações em início de carreira e os benefícios que o órgão oferece prometem ascender o ânimo dos candidatos. Neste momento, orientação e foco são fundamentais para você que deseja alcançar uma das vagas.
Pensado em concurseiros/as focados como você e como forma de personalizar sua preparação, elaboramos e disponibilizamos gratuitamente o “Edital Verticalizado” da seleção. Com ele, você vai poder maximizar seus estudos, pondo fim à falta de organização, ganhando orientação do que estudar dia a dia. Há, ainda, no material disponível abaixo, um segundo quadro dentro da planilha para que você possa controlar os seus horários de estudos. Para ter acesso, basta clicar no link abaixo.
A Funai é o órgão indigenista oficial do Estado brasileiro. Foi criado pela Lei 5 371, de 5 de dezembro de 1967. É vinculado ao Ministério da Justiça. Sua missão é coordenar e executar as políticas indigenistas do Governo Federal, protegendo e promovendo os direitos dos povos indígenas. São, também, atribuições da Funai: identificar, delimitar, demarcar, regularizar e registrar as terras ocupadas pelos povos indígenas, promovendo políticas voltadas ao desenvolvimento sustentável das populações indígenas e reduzindo possíveis impactos ambientais promovidos por agentes externos nessas terras; bem como prover, aos indígenas, o acesso diferenciado aos direitos sociais e de cidadania, como o direito à seguridade social e à educação escolar indígena.
Em 2010, foi realizado o último concurso para o posto com maior oferta de vagas, o de Indigenista Especializado. Dando a largada aos estudos, os candidatos devem ter em mente o quão fascinante é a carreira de Indigenista e trabalhar na Funai ainda mais. Vamos apresentar a seguir os detalhes do cargo. Este passo inicial é essencial para uma preparação eficiente.
- A carreira de Indigenista
As ações indigenistas do Estado Brasileiro foram instituídas com a criação do Serviço de Proteção ao Índio – SPI, em 1910, pelo Marechal Rondon. A Fundação Nacional do Índio – FUNAI é sucedânea do SPI. Na época reivindicava-se a institucionalização de um quadro profissional qualificado para a execução das atribuições específicas da política indigenista brasileira. Portanto, a idéia da carreira indigenista já existe há mais de cem anos e seu reconhecimento e regulamentação é condição fundamental para estabelecer uma nova relação do Estado, com a sociedade e os povos indígenas.
A carreira indigenista está alicerçada no Artigo 231 Constituição Federal de 1988 que “reconhece aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.” Esse fundamento norteia a missão do indigenista que é a proteção e promoção dos direitos dos povos indígenas, de suas terras indígenas, seu acervo cultural e seu patrimônio intelectual. São atribuições do indigenista atuar para garantir a regularização fundiária, a proteção aos índios isolados, a proteção e o monitoramento das terras indígenas, promover o desenvolvimento e a gestão institucional.
O Plano de Carreira Indigenista da Fundação Nacional do Índio – Funai será composto por todos os cargos de provimento efetivos, regidos pela Lei n°8.112, de 11 de dezembro de 1990, que não estejam organizados em carreiras, pertencentes ao Quadro de Pessoal da FUNAI, e que passam a ser adequados nos cargos de Indigenista Especializado, Agente em Indigenismo e Auxiliar em Indigenismo.
Para fazer frente às atribuições da Funai serão criados no quadro de pessoal da Fundação Nacional do Índio – FUNAI, 3.300 (três mil e cem) cargos efetivos, sendo 600 (seiscentos) cargos efetivos de Indigenista Especializado, 1800 (Mil e oitocentos) cargos efetivos de Agente em Indigenismo e 700 (setecentos) cargos efetivos de Auxiliar em Indigenismo.
O quadro atual de pessoal da Funai é composto de 2.587 servidores ativos. São contabilizados 880 servidores aposentados.
Requisitos p/ ingresso no posto: Curso de Graduação de Nível Superior, em qualquer área, reconhecido pelo MEC
- Quem é o Indigenista
O indigenista é o profissional que tem a capacidade e a qualificação de intermediar as relações culturais, sociais e políticas entre o Estado Brasileiro e a Sociedade em relação aos Povos Indígenas. Esta intermediação é uma via de mão dupla quanto ao aprendizado e ensinamentos mútuos. Toda atividade indigenista se pauta pelo diálogo, pela compreensão das diferenças e pela busca da harmonização dessas diferenças. A atividade do indigenista tem características próprias de Estado que a torna intransferível ou indelegável a terceiros, conforme a Constituição Federal no seu Artigo 231. Tal qualificação é de responsabilidade da Fundação Nacional do Índio – Funai.
- Atribuições específicas
O Indigenista Especializado atua na formulação das políticas nacionais de indigenismo afetas à promoção e proteção dos direitos dos povos indígenas à luz dos dispositivos constitucionais; a melhoria da qualidade de vida das populações indígenas; a regulação, gestão e ordenamento do acesso e do uso sustentável dos recursos naturais das terras indígenas. Realizará estudos e proposições de instrumentos estratégicos para implementação da política indigenista, bem como para seu apoio, acompanhamento e avaliação. Desenvolverá estratégias e proposições de soluções de integração entre a política indigenista e setoriais, com base nos princípios e diretrizes do desenvolvimento em bases sustentáveis. Atuará na realização de atividades administrativas e logísticas relativas ao exercício das competências constitucionais e legais a cargo da Fundação Nacional do Índio – FUNAI, fazendo uso de todos os equipamentos e recursos disponíveis para a consecução dessas atividades.
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