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quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Agripino lamenta manutenção dos direitos políticos de Dilma

O presidente nacional do Democratas, José Agripino (RN), lamentou que o Senado Federal tenha mantido, nesta quarta-feira (31), por 42 votos a favor, 36 contra e três abstenções, os direitos políticos da agora ex-presidente Dilma Rousseff. 
Eram necessários 54 votos favoráveis para que a petista ficasse inabilitada para exercer função pública. Para o parlamentar pelo Rio Grande do Norte, os votos que favoreceram Dilma nada mais foram do que uma espécie de “dízimo” pago por aqueles que mantinham uma relação com o governo do PT.

“Algumas pessoas pagaram um dízimo da relação pretérita que tinham com o governo que acabou”, destacou. “A sociedade esperava que o fato fosse apreciado e os culpados fossem punidos por inteiro. Não dá para entender que um prefeito ou um governador, que aja de maneira semelhante, perca o mandato e os direitos políticos, mas a presidente da República, por razões que o Senado definiu, só perde o mandato e não os direitos políticos”, acrescentou.
 Por 61 votos a favor e 20 contra, Dilma Rousseff teve seu mandato cassado pelo Congresso. Assume agora em caráter definitivo o presidente Michel Temer. Questionado se a manutenção dos direitos de Dilma pelo Senado deixa a base do governo Temer rachada, Agripino acredita que não, mas ressalta que o episódio foi, no mínimo, desagradável. “O que não pode é que essa manifestação de hoje contamine a base aliada porque isso vai prejudicar o interesse do país”.
 Sobre o discurso da presidente Dilma após ser afastada definitivamente do cargo, Agripino concluiu:  “Golpe e vítima? Parece que a ex-presidente insiste em se autoenganar. Ela precisa acordar e perceber que foi destituída pelo voto de 75% dos senadores. O resto é lamúria de derrotada”.

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