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segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Boogie Oogie? Nos Tempos do Imperador pode se transformar no maior fracasso das 18h na Globo

A situação não anda nada boa para Nos Tempos do Imperador. A primeira novela inédita da Globo na faixa das 18h após mais de um ano de reprises está mal das pernas. Desde a sua estreia, no dia 9 de agosto, a trama acumula a segunda pior média de audiência da história do horário, e com tendência de queda.

Com seis semanas completas no ar, Nos Tempos do Imperador tem na mão uma média pífia: 17,6 pontos. É o menor índice desde Boogie Oogie, exibida originalmente em 2014, que anotou na época média geral de 17,5 pontos.

As duas estão nos lugares mais baixos da lista de audiência das novelas exibidas às 18h. A primeira, Meu Pedacinho de Chão, de 1971, escrita por Benedito Ruy Barbosa, conquistou média geral de 25,4 pontos em 187 capítulos. A antecessora de Nos Tempos do Imperador, a reprise de A Vida da Gente, garantiu 19,5 pontos de média em 137 capítulos.

As dez novelas responsáveis pelas médias mais baixas da história das 18h, além de Boogie Oogie e Nos Tempos do Imperador, foram produzidas na última década: Espelho da Vida (17,8), o remake de Meu Pedacinho de Chão (17,8), Lado a Lado (18,2) Joia Rara (18,4), Sete Vidas (19,4) e Além do Tempo (19,8), além das reprises de Novo Mundo (19,2) e de A Vida da Gente.

A queda da novela sobre a história de Dom Pedro II, interpretado por Selton Mello, sofreu um revés na última semana e causou pânico na direção da Globo. Entre 6 e 11 de setembro, Nos Tempos do Imperador acumulou 16,2 pontos, ante 17,2 da semana anterior, de 30 de agosto a 4 de setembro.

Em crise, a novela também sofreu consequências por causa de uma cena. Na primeira fase da história, os autores insinuaram que Pilar (Gabriela Medvedovski) estava sofrendo “racismo reverso” de Samuel (Michel Gomes).

“Foi péssimo. Pedimos muitas desculpas. Eu mesma quando vi a cena aqui em casa, falei: o que foi isso? Todos os capítulos que vão ao ar até o 24 foram escritos em 2018, gravados na ampla maioria em 2019. Na época não contávamos com uma assessoria especializada, o que só aconteceu no ano passado, com a entrada do [pesquisador de cultura afro-brasileira] Nei Lopes. Hoje assisto a muitas cenas com uma sensação muito longínqua. Mais uma vez pedimos desculpas por cometer um erro grosseiro como esse”, declarou Thereza Falcão, autora da trama.

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