A Receita Federal e a Polícia Federal deflagraram, nesta quarta-feira (19), a Operação La Casa de Papel, para desarticular uma organização criminosa especializada em captar recursos de investidores a pretexto de gerir aplicações extremamente rentáveis em setores de minas de diamantes, vinhos, viagens e energia.
O grupo conta com uma pessoa jurídica detentora de criptomoeda própria, mas não tem autorização para funcionar como instituição financeira.
Participaram das ações 19 auditores-fiscais, 8 analistas tributários da Receita Federal, 150 policiais federais e três servidores da Agência Nacional de Mineração. As prisões e apreensões foram desencadeadas nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Goiás, Maranhão e Santa Catarina.
As investigações foram iniciadas após prisão em flagrante de dois integrantes do grupo e de um segurança particular, em 2021, na cidade de Dourados, em Mato Grosso do Sul. Eles estavam transportando 100 mil dólares em pedras preciosas sem documentação comprobatória.
Os policiais descobriram, nas investigações, que os envolvidos tinham relação com uma entidade religiosa. Os investigados ostentavam uma vida luxuosa nas redes sociais.
O esquema movimentou milhões de dólares e causou prejuízos para mais de 1 milhão e 300 mil pessoas em todo o mundo, alegando ataque de "hackers", auditorias e mentiras.
Foram cumpridos seis mandados de prisão preventiva e 23 de busca e apreensão. Também foi determinada a suspensão das atividades econômicas de 26 pessoas jurídicas, inclusive da igreja usada na movimentação e lavagem de recursos do esquema financeiro.
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