Réveillon na Avenida em São Paulo, na virada entre 2019 e 2020.Marcelo Pereira/SECOM
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, anunciou nesta quinta-feira (2) o cancelamento do Réveillon na capital paulista.
Ricardo Nunes está em viagem a Nova York acompanhado do governador do estado de SP, João Doria (PSDB), e confirmou o cancelamento em uma entrevista coletiva.
Dessa forma, a cidade se une a pelo menos outras 19 capitais brasileiras que optaram por não realizar a festa da virada de 2021 para 2022.
“É importante enfatizar que não é por conta de ter sido detectado algo grave, mas é necessário que se faça um monitoramento, e o prazo ficaria muito curto”, disse o prefeito sobre o Réveillon.
Segundo Nunes, será a Vigilância Sanitária que irá balizar todas as decisões do gênero, incluindo sobre a realização do Carnaval.
“Para o Carnaval, tomaremos a decisão mais adiante, enfatizando muito claramente: baseado nas decisões da vigilância sanitária. A Prefeitura não fará ação ou comunicação que seja por pressões adversas aos estudos da vigilância”, declarou Ricardo Nunes.
O uso das máscaras também permanece obrigatório na capital paulista, afirmou Nunes. A âmbito estadual, também foi derrubada a expectativa de desobrigar o uso da proteção a partir do dia 11 de dezembro, confirmou o governo de João Doria nesta quinta.
Atendendo recomendação do Comitê Científico, o estado de SP vai manter a exigência do uso de máscara em espaços abertos. Todos os números demonstram que a pandemia está recuando em São Paulo, mas vamos optar pela precaução. O nosso maior compromisso é com a saúde da população.
— João Doria (@jdoriajr) December 2, 2021
Recomendação da vigilância sanitária
A Prefeitura acatou a orientação recomendada pela vigilância sanitária, que realizou um estudo para avaliar a situação epidemiológica da cidade. O prefeito comentou sobre o estudo durante a coletiva:
“Nós, como representantes do executivo, nos cabe repassar o que a vigilância decidiu, estamos sempre seguindo a vigilância. É um estudo muito amplo, mais de 15 mil pessoas monitoradas. Evidentemente o que pesou muito foi a questão da nova variante Ômicron“, afirmou.
Os resultados do estudo já tinham sido antecipados à CNN pelo secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido.
A análise feita pela Coordenadoria de Vigilância em Saúde (COVISA), da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de São Paulo, pontuou que ainda não está claro se a nova variante do coronavírus Ômicron é mais transmissível, ou se causa Covid-19 mais grave. Mas indicou que “evidências preliminares” sugerem risco aumentado de reinfecção.
O estudo recomendou um “fortalecimento da vigilância genômica para identificação da circulação de novas variantes”. A vigilância também pediu que viagens não essenciais sejam evitadas, principalmente para locais onde a nova variante tem incidência significativa.
“Indicadores epidemiológicos e assistências seguem estáveis, no entanto, considerando o fato novo – surgimento da variante Ômicron –, […] já com diagnóstico em vários continentes e casos confirmados nesta capital de São Paulo, neste momento recomendamos: manter o uso de máscaras obrigatório; intensificar o processo de imunização da população”, concluiu o estudo.
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