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quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

Prefeitura de São Paulo anuncia cancelamento do Réveillon

                      Réveillon na Avenida em São Paulo, na virada entre 2019 e 2020.Marcelo Pereira/SECOM


O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, anunciou nesta quinta-feira (2) o cancelamento do Réveillon na capital paulista.

Ricardo Nunes está em viagem a Nova York acompanhado do governador do estado de SP, João Doria (PSDB), e confirmou o cancelamento em uma entrevista coletiva.

Dessa forma, a cidade se une a pelo menos outras 19 capitais brasileiras que optaram por não realizar a festa da virada de 2021 para 2022.

“É importante enfatizar que não é por conta de ter sido detectado algo grave, mas é necessário que se faça um monitoramento, e o prazo ficaria muito curto”, disse o prefeito sobre o Réveillon.

Segundo Nunes, será a Vigilância Sanitária que irá balizar todas as decisões do gênero, incluindo sobre a realização do Carnaval.

“Para o Carnaval, tomaremos a decisão mais adiante, enfatizando muito claramente: baseado nas decisões da vigilância sanitária. A Prefeitura não fará ação ou comunicação que seja por pressões adversas aos estudos da vigilância”, declarou Ricardo Nunes.

O uso das máscaras também permanece obrigatório na capital paulista, afirmou Nunes. A âmbito estadual, também foi derrubada a expectativa de desobrigar o uso da proteção a partir do dia 11 de dezembro, confirmou o governo de João Doria nesta quinta.

Recomendação da vigilância sanitária

A Prefeitura acatou a orientação recomendada pela vigilância sanitária, que realizou um estudo para avaliar a situação epidemiológica da cidade. O prefeito comentou sobre o estudo durante a coletiva:

“Nós, como representantes do executivo, nos cabe repassar o que a vigilância decidiu, estamos sempre seguindo a vigilância. É um estudo muito amplo, mais de 15 mil pessoas monitoradas. Evidentemente o que pesou muito foi a questão da nova variante Ômicron“, afirmou.

Os resultados do estudo já tinham sido antecipados à CNN pelo secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido.

A análise feita pela Coordenadoria de Vigilância em Saúde (COVISA), da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de São Paulo, pontuou que ainda não está claro se a nova variante do coronavírus Ômicron é mais transmissível, ou se causa Covid-19 mais grave. Mas indicou que “evidências preliminares” sugerem risco aumentado de reinfecção.

O estudo recomendou um “fortalecimento da vigilância genômica para identificação da circulação de novas variantes”. A vigilância também pediu que viagens não essenciais sejam evitadas, principalmente para locais onde a nova variante tem incidência significativa.

“Indicadores epidemiológicos e assistências seguem estáveis, no entanto, considerando o fato novo – surgimento da variante Ômicron –, […] já com diagnóstico em vários continentes e casos confirmados nesta capital de São Paulo, neste momento recomendamos: manter o uso de máscaras obrigatório; intensificar o processo de imunização da população”, concluiu o estudo.


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