Com a aprovação do Orçamento pelo Congresso Nacional na quinta-feira, 20, os trâmites para a realização do Concurso Nacional Unificado (CNU) em 2025 podem avançar.
O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), organizador do concurso, já tinha afirmado que os preparativos só teriam andamento após a aprovação da Lei Orçamentária.
“Até o momento, a informação oficial é que a segunda edição do concurso será realizada, como já antecipado pela ministra da Gestão, e que as demais definições dependem da aprovação do orçamento 2025”, disse o MGI, em resposta ao Qconcursos Folha Dirigida.
Agora, o próximo passo será a sanção do Orçamento pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Depois disso, será iniciada a fase de execução, em que as verbas serão liberadas aos ministérios.
Com base no valor aprovado na Lei Orçamentária, o MGI irá quantificar as vagas que poderão ser autorizadas para novos concursos federais, inclusive para aqueles que poderão integrar a próxima edição do CNU.
A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, já adiantou que as duas novas carreiras transversais do Executivo Federal contarão com o aval, serão elas:
- analista técnico de Justiça e Defesa; e
- analista técnico de desenvolvimento socioeconômico.
Ambas as carreiras são de nível superior e têm salários iniciais em torno de R$9 mil.
A seguir, veja os próximos passos para a realização do CNU 2025 depois da aprovação do Orçamento pelo Congresso.
Definição dos órgãos participantes do CNU 2025
Para que a nova edição do CNU seja realizada, o governo deve conseguir a adesão de um número de órgãos que justifique um concurso de forma unificada.
A lista de órgãos deste ano ainda não foi confirmada pelo MGI. Porém, alguns já adiantaram sua participação no Concurso Unificado. São eles:
O Ministério da Saúde, por sua vez, disse que avalia a possibilidade de participar da edição do CNU em 2025. A pasta tem autorização para preencher 319 vagas efetivas.
As novas carreiras transversais também estarão no próximo concurso unificado, segundo a ministra Esther Dweck, assim como a área Administrativa.
Por outro lado, a Polícia Federal, que tem aval para cargos da área Administrativa e da área Policial, já confirmou que não participará do CNU e realizará seus concursos de forma separada.
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CNU 2025 pode ter entre 3 mil e 3.500 vagas
A partir do Orçamento aprovado pelo Congresso, o MGI irá verificar quais outros concursos federais poderão ser autorizados este ano.
Em entrevista exclusiva, o secretário de Gestão de Pessoas do MGI, José Celso Cardoso Júnior, explicou que os órgãos enviam anualmente pedidos de novos concursos. Mas, por conta da capacidade orçamentária, nem todos poderão ser atendidos.
Aqueles órgãos que tiverem autorização para novos concursos serão convidados a participar do CNU 2025. O secretário José Celso acredita que o concurso terá oferta em torno de 3 mil vagas, metade do oferecido na primeira edição.
“Está em aberto um conjunto de vagas que estão previstas de serem autorizadas em 2025. Tudo somado, a gente acredita que pode conseguir reunir algo como 3 mil, 3.500 vagas para realizar uma segunda edição do concurso unificado”.
Com a lista de órgãos participantes e o número de vagas finalizado, será iniciada uma nova etapa preparatória.
Escolha e contratação da banca organizadora do CNU 2025
Para que o CNU 2025 seja aberto, uma banca organizadora deve ser contratada para receber as inscrições do concurso e aplicar as provas aos candidatos. Na primeira edição do Concurso Unificado, a Fundação Cesgranrio foi a escolhida.
De acordo com fonte ligada ao Governo Federal, uma nova chamada pública será realizada para a definição da banca.
Desta maneira, propostas de diferentes bancas serão avaliadas para escolher qual ficará responsável pela aplicação das provas do próximo CNU.
É válido destacar que a chamada pública não exclui da disputa a Fundação Cesgranrio. Ela ainda poderá ser escolhida, mas terá concorrência com outras organizadoras interessadas no processo.
Elaboração e divulgação do edital do CNU 2025
Depois da escolha da banca, o edital do concurso poderá ser elaborado e divulgado no Diário Oficial da União.
A ministra Esther Dweck chegou a falar sobre a intenção de divulgar o edital no mês de março e aplicar as provas em agosto.
“A gente espera o edital até o finalzinho do primeiro trimestre. A prova, a gente gostaria de repetir em agosto. A gente ainda não sabe se vai ser possível pelo prazo do edital. Agosto é o mês de menor incidência de chuvas no Brasil. A ideia é fazer a prova no início do segundo semestre, essa é a nossa lógica de calendário”, afirmou Esther, durante participação no programa Bom dia, Ministra, do canal GOV.
O prazo, porém, não deve ser cumprido pelo atraso na aprovação do Orçamento deste ano e todo o processo burocrático que ainda deve ser realizado.
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Como funciona o Concurso Nacional Unificado
O Concurso Nacional Unificado consiste em uma iniciativa pioneira do Governo Federal para o recrutamento de novos servidores.
A primeira edição, aberta em 2024, ofertou 6.640 vagas para diferentes órgãos e autarquias do Poder Executivo Federal, abrangendo carreiras de níveis médio e superior.
Nesse formato, foi possível se inscrever a diversas carreiras dentro de um mesmo bloco temático, pagando apenas uma taxa, o que ampliou a concorrência.
Outra inovação foi o aumento dos locais de prova. Os exames do CNU foram realizados no dia 18 de agosto, em mais de 200 cidades do país.
Antes, a maioria dos concursos federais era feita apenas nas capitais dos estados e no Distrito Federal, ou exclusivamente em Brasília DF.
Os resultados finais da primeira edição do CNU foram homologados no dia 7 de março para todos os oito blocos temáticos. Os documentos foram divulgados no Diário Oficial da União, contemplando os cargos que não têm curso de formação.
A próxima etapa, agora, será a convocação dos aprovados. Com a aprovação do Orçamento de 2025, o Ministério da Gestão espera que as chamadas comecem entre o final de abril e o início de maio.
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