Criticado pelos torcedores brasileiros por deixar Ramires e Arouca de fora da seleção brasileira, o técnico Mano Menezes se defendeu dos ataques e explicou os motivos que o levaram a não convocar a dupla para os próximos amistosos da equipe contra Dinamarca, Estados Unidos, México e Argentina. O treinador atribuiu a ausência do jogador do Chelsea à sua mudança de posição, enquanto o santista não foi chamado por ‘limitações internas’.
Ramires foi um dos destaques do Chelsea na reta final da temporada europeia e mostrou estar vivendo um dos melhores momentos de sua carreira ao marcar um gol por cobertura na partida que eliminou o Barcelona da Liga dos Campeões. Além do tento decisivo e de suas atuações regulares na equipe, o brasileiro foi autor de um dos gols que levou seu clube ao título da Copa da Inglaterra, em vitória por 2 a 1 sobre o Liverpool.
Mesmo sendo um dos pilares da equipe montada pelo técnico Roberto Di Matteo, o jogador não conquistou Mano Menezes e permaneceu de fora de suas convocações. Segundo o treinador, a sua mudança de função no esquema tático do Chelsea foi determinante para que a sua importância na seleção caísse drasticamente. O comandante entende que atletas de sua posição não iriam ter chances no planejamento montado para a sua equipe.
“O Ramires foi um dos mais convocados para a seleção brasileira. Não preciso falar muito sobre ele, pois ele não está jogando na mesma posição da Seleção. O Chelsea passou por uma transformação. Com o André Villas-Boas ele era volante, mas a entrada do Di Matteo fez com que ele virasse lateral. É aquele esquema de fechar a casa, puxar para trás e segurar todo mundo. O Ramires foi colocado em outro lugar, onde o Elano jogou a Copa América e a final do Paulista, e por isso eu não o convoquei”, explicou o técnico ao canal SporTV.
Assim como Ramires, o volante Arouca é um dos pedidos mais recorrentes da torcida para o treinador e não foi convocado dessa vez devido ao grande número de atletas do Santos que estão entrando na lista de convocação. Mano Menezes disse que o comandante da seleção não tem o direito de tirar um grande número de jogadores de uma equipe e afirmou que tal panorama só será mudado depois de uma alteração na forma como a temporada brasileira é organizada.
“Chegou um momento em que estávamos levando muitos jogadores do Santos. Você tem algumas limitações para isso. Não pode levar muitos jogadores do mesmo lugar. O presidente do Santos ligou para o nosso diretor de futebol e pediu para que eu não levasse o Neymar, pois eu já conhecia o futebol dele. Você coloca nomes assim de lado porque sabe que possui limitações e em um outro momento especial você consegue levar. Esse é o velho problema de não parar o campeonato quando convocamos atletas. O clube tem que ter o direito de interromper sua participação em uma competição quando perde dois ou mais atletas para a Seleção”, completou.
Sem Arouca e Ramires na convocação que forma a base da seleção que disputará as Olimpíadas de Londres, Mano Menezes optou pela entrada de Casemiro, do São Paulo, Rômulo, do Vasco, e Sandro, do Tottenham, para a posição. O primeiro compromisso do time escolhido pelo treinador na semana passada será no dia 26 deste mês, contra a Dinamarca, em Hamburgo, na Alemanha.
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